Bissau – O Presidente da República anunciou que não se vai recandidatar ao segundo mandato, alegando que não é do nível e qualidade dos atuais políticos guineenses.
“Há
dias estava a falar com a minha mulher no avião e ela disse-me que não vou
fazer o segundo mandato e perguntei-lhe dos motivos, respondeu-me que não
mereço todas as situações que estão a ser fabricadas contra a minha pessoa. Na
terça-feira confirmei-lhe de que não ia candidatar para o meu segundo mandato”,
revelou Umaro Sissoco Embaló, em declarações à imprensa, à saída da reunião do
Conselho de Ministros.
O
Presidente da República disse que esta sua posição é oficial.
Umaro
Sissoco Embaló disse entretanto que não será substituído na cadeira
presidencial, nem por Domingos Simões Pereira, nem por Braima Camará ou Nuno
Gomes Nabiam, mas sim, por uma outra pessoa.
“Digo
isso, porque a Guiné-Bissau merece ser dirigida por pessoas melhor preparadas
de que nós os atuais dirigentes políticos”, sublinhou.
Abordado
sobre a situação da aeronave apreendida com cerca de três toneladas de drogas,
no passado dia 07 do corrente mês, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira de
Bissau, o Presidente da República respondeu que gostava que a imprensa lhe
perguntasse sobre a sua recente visita à China, Vietname e Emirados Árabes
Unidos.
“Isso
para mim é o mais importante do que estes teatros de apreensão de drogas”,
sublinhou.
O
Presidente da República disse contudo que não vai responder à nenhuma acusação
de ser traficante de drogas, tanto de Nuno Nabiam, Braima Camará ou de Domingos
Simões Pereira.
Após
a apreensão de um jato com drogas no aeroporto internacional de Bissau, na
semana passada, organizações da sociedade civil e partidos políticos criticaram o atual regime e alguns
solicitaram investigações para
responsabilização criminal dos implicados.
As
eleições presidenciais anda não têm data de realização mas as legislativas
já foram marcadas para 24 de Novembro deste ano.
Umaro
Sissoco Embaló foi investido no cargo de Presidente da República a 27 de
Fevereiro de 2020, após uma renhida segunda volta das eleições presidenciais
disputada com Domingos Simões Pereira, candidato apoiado pelo Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). In “Agência
de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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