O Governo quer reformar o ensino da língua portuguesa e a formação qualificada de língua portuguesa em várias áreas. O pessoal docente dos cursos de língua portuguesa é, por enquanto, estável e suficiente, mas o número de mais de 3000 alunos em escolas de ensino não superior que estudam num ambiente de língua portuguesa não tem estagnado
Em
resposta a uma interpelação escrita, apresentada pelo deputado à assembleia Ho
Ion Sang, o Governo afirma que está a apostar na melhoria do ensino da língua
portuguesa e no desenvolvimento das vantagens da posição de Macau como “uma
plataforma”. O objectivo é formar quadros qualificados de língua portuguesa em
diversas áreas, para responder às necessidades do desenvolvimento social. No
que diz respeito ao ensino não superior, o Governo declara que está ainda a
direccionar as escolas e os professores na estruturação e no cumprimento do
ensino da língua portuguesa, tendo sido estabelecidos quadros e requisitos para
assegurar que os alunos recebem uma educação adequada em português, nos
diferentes níveis. As escolas têm a flexibilidade de determinar os horários e a
metodologia de ensino da língua portuguesa de acordo com as suas necessidades,
desde que cumpram a legislação.
A
Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ)
está a trabalhar para expandir as escolas oficiais de língua portuguesa a todos
os níveis e a colaborar com escolas privadas de língua portuguesa. Actualmente,
existem mais de 3000 alunos em escolas de ensino não superior que estudam num
ambiente de língua portuguesa desde a infância. A DSEDJ encabeçou também o
“Programa de Iniciação de Aprendizagem da Língua Portuguesa”, com a duração de
quatro anos, para desenvolver as competências integradas em língua portuguesa
dos alunos que planeiam continuar os seus estudos em Portugal. O programa
inclui um currículo de língua portuguesa faseado, diversas actividades de
aprendizagem linguística, experiências culturais e preparação para os exames de
proficiência em português. O programa centra-se no ensino secundário, não
estando actualmente previsto o seu alargamento ao ensino básico.
Já
no domínio do ensino superior, o Governo comunica que instituiu um mecanismo de
reconhecimento mútuo com Portugal, no sentido de reforçar a colaboração no
domínio do ensino superior. A DSEDJ orientou também cinco instituições de
ensino superior de Macau para criar a “Aliança para a Formação de Quadros
Bilingues Qualificados nas Línguas Chinesa e Portuguesa”. Foram concedidos
fundos através do Fundo Educativo para a concretização de projectos
relacionados com a formação de pessoal bilingue qualificado, tais como o
desenvolvimento de materiais didácticos, a formação de professores e o
intercâmbio entre instituições. Foram ainda assinados acordos entre as
autoridades de Macau e de Portugal para promover a geminação de escolas, a
continuação dos estudos dos estudantes de Macau na Universidade do Porto e
outras iniciativas de cooperação em vários domínios.
O
corpo docente dos cursos de língua portuguesa em Macau é relativamente estável,
com aproximadamente 500 novos professores em cada ano letivo e um crescimento
líquido do corpo docente. O número actual de professores corresponde às
necessidades de ensino, referem ainda as autoridades. In “Ponto
Final” - Macau
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