Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Macau - Novas perspectivas para o ensino da língua portuguesa

O Governo quer reformar o ensino da língua portuguesa e a formação qualificada de língua portuguesa em várias áreas. O pessoal docente dos cursos de língua portuguesa é, por enquanto, estável e suficiente, mas o número de mais de 3000 alunos em escolas de ensino não superior que estudam num ambiente de língua portuguesa não tem estagnado

Em resposta a uma interpelação escrita, apresentada pelo deputado à assembleia Ho Ion Sang, o Governo afirma que está a apostar na melhoria do ensino da língua portuguesa e no desenvolvimento das vantagens da posição de Macau como “uma plataforma”. O objectivo é formar quadros qualificados de língua portuguesa em diversas áreas, para responder às necessidades do desenvolvimento social. No que diz respeito ao ensino não superior, o Governo declara que está ainda a direccionar as escolas e os professores na estruturação e no cumprimento do ensino da língua portuguesa, tendo sido estabelecidos quadros e requisitos para assegurar que os alunos recebem uma educação adequada em português, nos diferentes níveis. As escolas têm a flexibilidade de determinar os horários e a metodologia de ensino da língua portuguesa de acordo com as suas necessidades, desde que cumpram a legislação.

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) está a trabalhar para expandir as escolas oficiais de língua portuguesa a todos os níveis e a colaborar com escolas privadas de língua portuguesa. Actualmente, existem mais de 3000 alunos em escolas de ensino não superior que estudam num ambiente de língua portuguesa desde a infância. A DSEDJ encabeçou também o “Programa de Iniciação de Aprendizagem da Língua Portuguesa”, com a duração de quatro anos, para desenvolver as competências integradas em língua portuguesa dos alunos que planeiam continuar os seus estudos em Portugal. O programa inclui um currículo de língua portuguesa faseado, diversas actividades de aprendizagem linguística, experiências culturais e preparação para os exames de proficiência em português. O programa centra-se no ensino secundário, não estando actualmente previsto o seu alargamento ao ensino básico.

Já no domínio do ensino superior, o Governo comunica que instituiu um mecanismo de reconhecimento mútuo com Portugal, no sentido de reforçar a colaboração no domínio do ensino superior. A DSEDJ orientou também cinco instituições de ensino superior de Macau para criar a “Aliança para a Formação de Quadros Bilingues Qualificados nas Línguas Chinesa e Portuguesa”. Foram concedidos fundos através do Fundo Educativo para a concretização de projectos relacionados com a formação de pessoal bilingue qualificado, tais como o desenvolvimento de materiais didácticos, a formação de professores e o intercâmbio entre instituições. Foram ainda assinados acordos entre as autoridades de Macau e de Portugal para promover a geminação de escolas, a continuação dos estudos dos estudantes de Macau na Universidade do Porto e outras iniciativas de cooperação em vários domínios.

O corpo docente dos cursos de língua portuguesa em Macau é relativamente estável, com aproximadamente 500 novos professores em cada ano letivo e um crescimento líquido do corpo docente. O número actual de professores corresponde às necessidades de ensino, referem ainda as autoridades. In “Ponto Final” - Macau


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