As autoridades provinciais
estão a tentar captar investimento sul-africano para Cabo Delgado, destacando
as oportunidades ligadas aos investimentos em gás natural, anunciaram num
encontro com empresários.
"Esperamos que este
encontro promova oportunidades e estreite relações e conhecimento acerca dos
negócios locais", destacou António Mapure, dirigente provincial de Cabo
Delgado, citado hoje pelo departamento governamental de Indústria e Comércio da
África do Sul, após receber investidores na região.
"A missão empresarial
chegou numa altura importante", em que a província do norte do país já é
palco de obras das infraestruturas de processamento de gás, referiu – áreas que
deverão entrar em funcionamento dentro de quatro a cinco anos. A África do Sul "sempre
foi um parceiro privilegiado de Moçambique. A sua participação no sector
agrícola é muito activa, o que é motivo de interesse nesta província",
acrescentou, além do sector do gás.
A missão sul-africana, que
está a visitar Moçambique durante uma semana e que vai seguir para sul, em
direcção a Maputo, é acompanhada pelo alto-comissário no país lusófono, Mandisi
Mpahlwa, que garantiu que os empresários "estão atentos", ao mesmo
tempo que "todo o mundo" olha para Cabo Delgado.
"Achamos que podemos
contribuir com produtos e serviço de qualidade" para "construir o
futuro", sublinhou. A par dos investimentos em gás e da atenção de
empresários, Cabo Delgado está desde há um ano a sofrer com uma onda de
violência que atinge locais remotos. Desde há um ano, segundo números oficiais,
já terão morrido cerca de 100 pessoas, entre residentes, supostos agressores e
elementos das forças de segurança. A violência ganhou visibilidade após um
ataque armado a postos de polícia de Mocímboa da Praia, em Outubro de 2017, em
que dois agentes foram abatidos por um grupo com origem numa mesquita local que
pregava a insurgência contra o Estado e cujos hábitos motivavam atritos com os
residentes, pelo menos, desde há dois anos. Depois de Mocímboa da Praia, os
ataques têm ocorrido sempre longe do asfalto e fora da zona de implantação da
fábrica e outras infraestruturas das empresas petrolíferas que vão explorar gás
natural, na península de Afungi, distrito de Palma. In
“Olá Moçambique” - Moçambique
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