Será lançado na UCCLA, dia 7 de novembro, pelas 18h30, o livro de poemas “O Que Falta” de Adolfo Maria, com a chancela das
Edições Colibri.
Biografia de Adolfo
Maria:
Adolfo
Maria, nascido em Luanda, entregou-se desde a sua juventude à
luta nacionalista para a independência do seu país. Participou no combate
cultural (Sociedade Cultural de Angola, jornal Cultura e Cine Clube de Luanda),
nos anos 1950; no combate político (no PCA e no MLNA), o que lhe valeu a prisão
pela polícia política portuguesa, a PIDE, em 1959; e no combate armado (nas
fileiras do MPLA) nos anos 60 e 70 do passado século.
Dentro da luta nacionalista,
participou no combate pela democracia no seio do MPLA, em 1974, como membro da
tendência Revolta Activa, o que originou um mandado de captura contra vários
elementos dessa tendência, em Abril de 1976, cinco meses após a independência
de Angola. Adolfo Maria escapou à rusga da polícia do regime, a DISA, e
manteve-se escondido durante quase três anos, cessando a sua clandestinidade
após o anúncio de amnistia pelo presidente da república; esteve ainda preso
pela polícia política e, depois, foi expulso do país em 1979. Esse período que
o autor viveu é descrito no seu livro ANGOLA, SONHO E PESADELO e a dramática
vivência dessa clandestinidade é-nos transmitida na sua obra ANGOLA NO TEMPO DA
DITADURA DEMOCRÁTICA REVOLUCIONÁRIA - POÉTICA DO AUTO-CÁRCERE.
No exílio, Adolfo Maria tem
participado em colóquios, conferências, entrevistas e colaborado em publicações
angolanas; é membro do painel do programa "Debate Africano" da RDP
África. Além dos livros acima citados, publicou ANGOLA - CONTRIBUTOS À REFLEXÃO
e os romances NAQUELE DIA NAQUELE CAZENGA e NA TERRA DOS TTR. Todas estas obras
foram editadas por "Edições Colibri", em Lisboa.
Sinopse
do livro:
Na abertura do livro de poemas
O QUE FALTA, de Adolfo Maria, diz o autor:
(...)quando alguém esteve
empenhado em combates pela dignidade humana, esperam-se dele escritos ou
discursos de análise, denúncia, encorajamento em vez de poemas (...)no meu
caso, dediquei a já razoavelmente longa vida a esses combates (...)
Sucedeu que, nessa luta contra
a opressão das pessoas e dos povos (duros combates físicos e psíquicos!), a
minha sensibilidade captava os sofrimentos e esperanças, a mente não deixava de
questionar a realidade que fui encontrando e vivendo. Por vezes registei em
prosa e mais raramente em verso o que sentia e pensava.
Agora, cheguei a uma fase da
vida onde o espaço da acção está naturalmente suplantado pelo da meditação, o
que propicia momentos de escrita sob a forma de poemas, numa vontade de falar a
quem procura sentir o mundo (falar de... exílio, amor, saudade...). Para mim é
O QUE FALTA.
Neste livro, Adolfo Maria fala
do Mundo e das gentes e desvenda-se, através de poemas, numa centena de
páginas, divididas pelos temas: do Exílio, do Amor, da Saudade, da Mulher, da
Meditação, da Finitude.
Morada:
Avenida da Índia, n.º 110
(entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros: 714, 727 e 751 -
Altinho, e 728 e 729 - Belém
Comboio: Estação de Belém
Elétrico: 15E - Altinho
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N
9°11’52.4″W
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