O
filósofo Fernando dos Santos Neves manifestou o desejo de que "a nova
realidade de Angola com democracia, com João Lourenço na Presidência, seja
"uma verdade que se torne numa certeza".
Fernando dos Santos Neves,
autor do livro «Quo Vadis Angola?», apresentado na União das Cidades Capitais
de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa, afirmou que "é absolutamente
determinante que esta nova realidade seja verdade".
"Não foi um acaso que a
última palavra de João Lourenço, no discurso da tomada de posse como Presidente
de Angola, foi democracia, que é uma das necessidades maiores", referiu o
autor do livro, que aborda o ecumenismo em Angola no período de 1967 a 2017.
Considerado o pai teórico da
Lusofonia, Fernando dos Santos Neves notou que "é preciso começar, o que
não significa começar de novo a fazer Angola".
"É preciso começar
simplesmente, porque há todo um país para fazer e espero que seja verdade esta
nova realidade nos tempos futuros. É o meu desejo, o meu voto e gostaria que
fosse uma certeza", reforçou.
"Esta nova realidade em
Angola é absolutamente necessária por causa das dificuldades do país",
sustentou.
Fernando dos Santos Neves
aludiu ao papel de Portugal "para ajudar na construção de Angola, sem
entrar em novos colonialismos e sem complexos".
O autor da Declaração de
Luanda de 2002 - feita à imagem da Declaração de Bolonha -, declarou que também
a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) "deve fazer alguma
coisa por Angola".
"A CPLP, que tem sido
mais um nado-morto do que outra coisa qualquer, tem de ter um papel mais
activo", frisou, salientando que a organização deve também
"preocupar-se com tudo aquilo que diz respeito ao desenvolvimento deste
espaço lusófono".
O secretário-geral da UCCLA,
Vítor Ramalho, que prefaciou a obra "Quo Vadis Angola?", salientou
"o profundo conhecimento de Fernando dos Santos Neves da realidade de
Angola".
Ramalho realçou "a
inevitabilidade da mudança em Angola", referindo-se à saída de José
Eduardo dos Santos, depois de mais de três décadas no poder e ao emergir de
João Lourenço.
"João Lourenço transmitiu
já à opinião pública mundial um conjunto de princípios aceites pela comunidade
internacional, entre os quais o combate à corrupção", disse o
secretário-geral da UCCLA.
Vítor Ramalho lembrou que o
pensador "tomou posições em defesa da liberdade e da independência de
Angola e isso conduziu-o a ter de ser exilado, em Paris e em Roma". In “Novo
Jornal” – Angola com “Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário