Em viagem a São Paulo nesta
semana, o presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Carlos Vilar,
reuniu-se com Lin Li, CEO da gigante CCCC (China Communications Construction
Company), e os diretores Eduardo Viegas, vice-presidente de Desenvolvimento de
Negócios, e Helder Dantas, diretor executivo, para retomar as negociações com o
grupo chinês quanto ao interesse em investir no Porto de Suape. Os empresários
chineses se disponibilizaram a iniciar as tratativas sobre a conclusão da
Ferrovia Transnordestina, no trecho Salgueiro-Suape, uma vez que o grupo também
pretende concorrer para construir o terminal de minérios, cuja viabilidade do
projeto depende do funcionamento da ferrovia.
Em reunião anterior, quando
estiveram na sede do porto pernambucano, o presidente Vilar apresentou o
projeto do futuro terminal de minérios. “Nós não podemos ficar parados,
esperando que o empresário procure o porto. Vi que eles já haviam feito uma
avaliação, entre 2010 e 2012, por meio de uma empresa pertencente ao mesmo
grupo, sobre esse projeto, mas que ficou parada muito em função da não
conclusão da Transnordestina”, disse Vilar.
De acordo com o presidente,
Suape está aberto às negociações e aos investimentos do grupo chinês que já
atua neste setor no Brasil há algum tempo, a exemplo do Porto de São Luís, no
Maranhão, e as recentes negociações com o Terminal Graneleiro de Babitonga
(TGB) em São Francisco do Sul (SC), com investimentos de R$ 1 bilhão.
Em Pernambuco, há uma enorme
preocupação quanto à retomada dos trabalhos para a conclusão da Ferrovia
Transnordestina e a chegada ao seu destino no estado, que é o Porto de Suape.
Segundo o novo cronograma da obra, divulgado pela concessionária Transnordestina
Logística (TLSA), será priorizado o trecho Piauí-Porto de Pecém (CE), com
término previsto para 2021, enquanto que o trecho Salgueiro-Suape só seria
concluído em 2027. Na avaliação do presidente Vilar, isso inviabiliza
investimentos tanto do setor público quanto privado no porto pernambucano, com
perdas incalculáveis para a economia e o desenvolvimento socioeconômico do
estado.
“Suape está pronto para lutar
sem medir esforços para conseguir que a Transnordestina seja concluída também
na parte que contempla o complexo industrial portuário do estado. Devemos nos
reunir nos próximos dias com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)
José Múcio Monteiro para discutir as demandas do porto e, principalmente,
buscar ajuda quanto a esta questão da ferrovia”, concluiu Vilar.
Para o CEO do grupo CCCC, Lin
Li, essas negociações com o governo são importantes para viabilizar todo e
qualquer investimento. Será necessário, ainda, procurar o grupo de mineradoras
instaladas no Estado do Piauí, de onde deverão partir os trens com o minério -
carga que justificaria o investimento - com destino à ilha de Cocaia em Suape,
onde deverá ser construído o terminal, numa área de aproximadamente 75
hectares. Lin Li sinalizou forte interesse em concretizar a parceria com Porto
de Suape.
Ao fim do encontro, o
presidente Carlos Vilar se viu otimista quanto à reunião e o avanço da retomada
das negociações com os chineses. Segundo ele, há um positivismo a partir do
novo governo, tanto estadual, com a renovação do mandato do governador Paulo
Câmara, quanto na esfera federal, com o governo Jair Bolsonaro, no qual
acredita que vai colaborar com a abertura necessária aos investimentos nos
portos brasileiros, e Suape se encontra inserido nesse contexto. In “Complexo Industrial Portuário de Suape” - Brasil
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