A rede ePORTUGUÊSe, de
divulgação de informações técnicas e científicas para profissionais de saúde
dos países africanos de língua portuguesa (PALOP) é um dos exemplos de “Boas
Práticas na Cooperação Sul-Sul”, um guia lançado oficialmente pelas Nações Unidas.
O Brasil é um dos países mais
activos na proposta e realização de parcerias com nações do hemisfério sul, mas
Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe também são indicados no livro
como exemplos de beneficiários deste tipo de projectos de desenvolvimento,
segundo o guia, lançado esta quarta-feira pelo Escritório das Nações Unidas
para a Cooperação Sul-Sul (UNOSSC).
Um dos projectos mais
completos é a rede ePORTUGUÊSe, desenvolvida desde 2005 com o apoio da
Organização Mundial da Saúde, nos países africanos de língua oficial
portuguesa.
A rede ePORTUGUÊSe foi criada
para divulgar informações técnicas e científicas de saúde em língua portuguesa,
procurando “preencher uma procura a longo prazo de profissionais de saúde nos
países Africanos de Língua Oficial Portuguesa que têm expressado, de forma
contínua, as suas necessidades de acesso melhorado a informações e
conhecimentos de saúde no seu idioma”, indica o UNOSSC.
Assim, a ePORTUGUÊSe é uma
plataforma digital que agrega informações e permite aos profissionais de saúde
da lusofonia aceder a conhecimentos técnicos.
Para além desta rede, São Tomé
e Príncipe beneficiou directamente de outros dois projectos desenvolvidos com
outros países de língua portuguesa, em temas de educação e saneamento.
Em matéria de saneamento, a
UNOSSC destaca um projecto que ainda está em progresso, iniciado em 2016, em
que “Guiné-Bissau apoia o saneamento total liderado pela comunidade em São Tomé
e Príncipe”, com o objectivo de “reduzir a defecação a céu aberto e promover práticas
seguras de saneamento e higiene nas comunidades rurais”.
Um outro projecto, na área da
educação, envolveu o Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação de
São Tomé e Príncipe, a Universidade Católica Pontifícia do Rio de Janeiro
(UCP-Rio), e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), realizado
entre os anos 2013 e 2017 para melhorar a oferta educacional para crianças em
idade pré-escolar em São Tomé e Príncipe.
Outro projecto que foi também
realizado com participação do Brasil foi a “cobertura de Saúde Universal na
Região do Grande Chaco da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil e
Paraguai”.
Cabo Verde fez parte de uma
iniciativa com o Senegal e Camarões em tecnologias de micro jardinagem como
solução de “fornecimento de alimentos alternativos” e diversificação de fontes
de rendimento da população, com uma série de ‘workshops’ e formações.
O guia apresenta uma série de
projectos realizados a nível regional em diferentes continentes, em que a
África é o mais frequente para a implementação de parcerias para o
desenvolvimento.
O livro de boas práticas, de
230 páginas, foi traduzido em português e nas seis línguas oficiais das Nações
Unidas (inglês, árabe, chinês, espanhol, francês e russo) e, para além das
descrições de todos os projectos, inclui a lista dos 17 objectivos de
desenvolvimento sustentável adoptados pela ONU e as metas previstas em cada um
dos objectivos.
Desta forma, cada projecto do
livro é também associado a uma ou mais metas de desenvolvimento. In “Inforpress”
– Cabo Verde com “Lusa”
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