Pela primeira vez, no ano
passado, a energia solar fotovoltaica cresceu muito mais rápido do que qualquer
outro combustível, registando um aumento de 50%, de acordo com o relatório Renewables 2017 (“Renováveis 2017”) da
Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), publicado esta
quarta-feira. A organização refere que foram criados 165 gigawatts de energias renováveis no ano passado, o que representa
dois terços da expansão líquida da distribuição de eletricidade a nível
mundial.
“O que testemunhamos é o
nascimento de uma nova era na energia solar fotovoltaica”, disse Fatih Birol,
diretor-executivo da IEA, no comunicado enviado às redações, de acordo com a Bloomberg. “Esperamos que o crescimento
da capacidade da energia solar fotovoltaica seja maior que qualquer outra
tecnologia renovável até 2022”, acrescentou o responsável da instituição
internacional.
Para a Agência Internacional
de Energia, a tecnologia terá uma enorme influência nas energias renováveis
daqui para a frente, sendo que os biocombustíveis também terão um papel mais
ativo na indústria do transportes.
“Muita atenção foi dada nos
últimos meses aos veículos elétricos - e com razão. Eles são cada vez mais
globais, exponencialmente, (…) mas tenho de dizer que não devemos esquecer os
biocombustíveis, que, no final de 2016, representavam 96% do total dos
transportes renováveis”, enfatizou, por sua vez, Paolo Frankl, chefe do
departamento de Energia Renovável da IEA.
O “Renováveis 2017” sublinha
ainda que os Estados Unidos da América e a Índia são dos países que mais têm
desenvolvido este setor. Juntamente com a China, os três representam dois
terços da expansão da ‘energia limpa’ em todo o mundo. Nos próximos cinco anos,
deverão ajudar a chegar à meta da agência: mil gigawatts de renováveis. Mariana
Bandeira – Portugal in “Jornal Económico”
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