As autoridades moçambicanas
deram luz verde ao registo de dois produtos de medicina tradicional chinesa, um
dos quais produzido por uma empresa de Macau. A entrada no mercado moçambicano
deve permitir a criação de uma base para a concretização da plataforma de
registo de produtos de medicina tradicional chinesa no estrangeiro.
Dois produtos de medicina
tradicional chinesa, um dos quais comercializado no território há cerca de 30
anos, foram registados no mês passado em Moçambique, foi na sexta-feira
anunciado.
Os dois produtos, de duas
empresas chinesas, uma das quais com sede em Macau, foram seleccionados tendo
em conta as necessidades do mercado e os factores de eficácia e segurança, no
âmbito da cooperação entre o Parque Científico e Industrial de Medicina
Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau, situado na ilha da
Montanha (Hengqin), adjacente ao território, e o Ministério da Saúde de
Moçambique, de acordo com um comunicado.
Para a conclusão do registo, o
Parque teve de ultrapassar divergências entre legislações, realizar
ajustamentos do projecto técnico e normalizar documentos, num processo que vai
criar uma base para a concretização da plataforma dos serviços públicos de
registo dos produtos de medicina tradicional chinesa no estrangeiro, concedida
pela Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa.
Desde 2015 que o Parque já
realizou vários cursos de formação profissional de técnicas de medicina chinesa
para médicos e fisioterapeutas do sistema de hospitais públicos moçambicano,
numa estratégia de divulgação inicial da medicina para incentivar o uso dos
medicamentos.
Na abertura do fórum de
cooperação de Medicina Tradicional Chinesa, que decorreu na semana passada, no
território, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, considerou
fundamental a certificação e regulamentação da medicina tradicional chinesa e o
reforço da promoção da actividade no mundo.
Macau, como plataforma para a
promoção da medicina tradicional chinesa nos países de língua portuguesa,
reuniu neste fórum representantes de Portugal, Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
A Organização Mundial de Saúde
criou em 2015, em Macau, o centro de cooperação de medicina tradicional
chinesa, uma plataforma para a região se afirmar na formação de especialistas e
na cooperação internacional.
A produção de medicamentos
chineses em Macau registou um crescimento pelo terceiro ano consecutivo, com
receitas no valor de 48,70 milhões de patacas, de acordo com dados oficiais de
2016.
Na China, no ano passado, o
valor da produção industrial de medicina tradicional foi de 865 mil milhões de
yuan, com a sua difusão em 183 países e regiões.
Em 2016, o comité central do
Partido Comunista Chinês (PCC) e o Conselho de Estado lançaram um plano
estratégico de saúde de longo prazo (2016-2030), alicerçado em torno da
medicina tradicional chinesa, numa estratégia que dá igual relevo ao
desenvolvimento da medicina tradicional da medicina ocidental.
O Parque Científico e
Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau
promove a cooperação na área com os países lusófonos, no âmbito da iniciativa
“Uma Faixa, Uma Rota”, lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em 2013. In “Ponto
Final” - Macau
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