Mais de meia centena de
mulheres empreendedoras participaram na última sexta-feira, 6 de Outubro, na
quarta edição do Lioness Lean in Breakfast, um evento que visa a partilha de
experiências na área do empreendedorismo por parte de empresárias.
Esta edição teve como oradoras
três mulheres que actuam em áreas que muitos desenvolvem, geralmente, nos
tempos livres, nomeadamente fotografia, maquiagem e decoração de interiores.
Trata-se de Evandra Cossa,
directora executiva da Ezee Money Mozambique, Daisy Mogne, fundadora da Daisy
Mogne Studio, e Iria Marina, fotógrafa de retratos ambientais e de
documentários.
As três oradoras falaram sobre
o seu percurso e experiência no mundo empresarial, dos obstáculos e desafios
que tiveram de enfrentar para se imporem, para além de interagir com as
participantes e aspirantes a empreendedoras.
Conforme explicou Sasha Vieira,
responsável pela Incubadora de Negócios do Standard Bank, a escolha destas
áreas visa desconstruir a ideia de que não se pode empreender na arte e na
cultura.
“É um mito pensar que os
artistas não são empreendedores. É possível, sim, fazer negócio no sector das
artes e cultura. Por isso convidámos mulheres que tiveram a coragem e ousadia
de empreender nestas áreas e hoje são referências”, considerou Sasha Vieira.
No mesmo diapasão, Melanie
Hawken, fundadora da Lionesses of Africa, organizadora do Lioness Lean,
defendeu que um dos segredos do empreendedorismo, a par da persistência, é a
paixão pelo que se faz.
“Quem ama o que faz
dificilmente desiste. Luta pelo seu espaço e oportunidades no mercado, e vence.
É assim que todos começaram”, acrescentou Melanie Hawken, que também se referiu
à necessidade de se encorajar as adolescentes e jovens a apostarem no
empreendedorismo.
“Temos de as ensinar a iniciar
e gerir um negócio. O nosso desejo é ver muitas empresas dirigidas por mulheres
a liderar o mercado, e isso é possível. As três mulheres que participaram nesta
edição como oradoras são disso exemplo”, concluiu.
Durante o evento, uma das
questões abordadas tinha a ver com os obstáculos que os empreendedores, no
geral, enfrentam para se imporem no mercado, tendo sido apontado o acesso ao
crédito como um deles.
Entretanto, no que diz ao
empreendedorismo feminino, em particular, uma das oradoras, Daisy Mogne, elegeu
a aceitação da mulher, por parte da sociedade, como um dos obstáculos.
“A nossa sociedade ainda olha
para a mulher como o sexo fraco. Por isso é importante que a mulher
empreendedora tenha o apoio e amparo da família e das pessoas que a rodeiam. A
persistência também é importante”, considerou.
O evento, organizado pela
Lionesses of Africa, uma rede com mais de 400 mil mulheres empresárias em 49
Países do continente africano, é patrocinado pelo Standard Bank e conta com o
apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos e da Shell Moçambique. In “Fim
de Semana” - Moçambique
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