Parte
dos materiais será proveniente da China, mas equipamentos serão montados em
Angola. Alvo é o mercado grossista e o objectivo é produzir cerca de nove
milhões de telemóveis por ano
Um consórcio liderado pela
empresa nacional Lisa Pulsares Electrónica deverá dar início, a partir de
Janeiro do próximo ano, à produção de telemóveis, num investimento de 8,5
milhões USD, em parceria com uma empresa estrangeira baseada em Hong Kong.
Ao Mercado, o director de
Projectos da empresa angolana, Morato Custódio, assinala que, numa primeira
fase, serão produzidos na fábrica, localizada no Pólo Industrial de Viana,
Luanda, nove milhões de telemóveis/ano, e criados 253 postos de trabalho, dos quais
apenas três serão ocupados por expatriados.
O objectivo do projecto,
avança, é “estancar a importação” deste tipo de aparelhos de telecomunicação no
País, estabelecendo, ao mesmo tempo, um centro de produção-satélite para a
região da África Austral, com a exportação do produto.
“É um projecto aliciante que
estamos a estabelecer em Angola, em velocidade de cruzeiro, para a produção de
telemóveis com a mais alta tecnologia”, afirma, notando que os aparelhos serão
desenvolvidos num processo denominado SKD. Na prática, trata-se de componentes
semimontados, que serão importados para Angola como matéria-prima.
Ou seja, não se irá fundir o
plástico nem o ferro e produzir as capas e as placas electrónicas no País, uma
vez que “não dispomos de infra-estruturas internas que nos permitam fazer este
trabalho”. As capas, o material plástico e os componentes metálicos virão
pré-fabricados da China para serem montados em Angola, explica.
“Internamente, faremos a
transformação da matéria-prima em telemóveis com a qualidade necessária.
Contamos com uma parceria
estratégica de uma empresa de Hong Kong, que nos vai auxiliar em termos de know-how e matéria-prima para termos no
País o nosso produto final”, garante. Morato Custódio explica que, numa
primeira fase, a Lisa Pulsares Electrónica se encarregará do fabrico de
aparelhos de telefonia móvel, incluindo os chamados smartphones, para, posteriormente, avançar para a produção de tablets de 8,5 polegadas.
Nesta altura, afirma, decorrem
acções de formação e testes, que têm o fim previsto para o próximo dia 15 de
Dezembro. Estêvão Martins – Angola in “Mercado”
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