Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 24 de agosto de 2014

Moçambique – Concessão das barragens de Boroma e Lupata

O Ministro da Energia Salvador Namburete, em representação do Governo moçambicano, assinou na passada sexta-feira, 22 de Agosto de 2014, em Maputo, o contrato de concessão das hidroeléctricas de Boroma e de Lupata, ambas situadas na bacia do Zambeze.

A central de Boroma está avaliada em 572,5 milhões de dólares norte americanos, devendo a construção levar cinco anos, o mesmo período em relação à de Lupata que está avaliada em pouco mais de 1.072. milhões de dólares.

Em termos de capacidade de produção, a barragem de Lupata irá produzir 612 Megawatts (MW), enquanto a de Lupata terá uma capacidade de produção de energia na ordem de 210 MW. Estima-se que na fase de construção estas venham a empregar cerca de 1.488 trabalhadores moçambicanos.

A Hidroeléctrica de Lupata S.A. inclui na sua estrutura accionista a Hydroparts Holding e a Cazembe Holding ambas das (Maurícias) a Electricidade de Moçambique e a Sonipal de (Moçambique). Por sua vez, Boroma inclui na sua estrutura accionista a Rutland Holding (Maurícias) a Electricidade de Moçambique e a Sonipal de (Moçambique).

Sublinhar que a implementação destes projectos surge no âmbito da política do Governo, tendo em vista garantir maior disponibilidade de energia para suprir o défice energético que actualmente se regista no país.

O défice de infra-estruturas eléctricas de geração de transporte de energia tem sido o maior constrangimento para o programa de industrialização, sendo por isso que as novas centrais hídricas serão determinantes para a sustentabilidade positiva do balanço energético do país.

Intervindo na ocasião, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, disse que com a assinatura dos contratos de concessão, a Hidroeléctrica de Boroma, S.A. e a Hidroeléctrica de Lupata, S.A. a dispor de “um importante instrumento para prosseguirem com todas as acções visando a implementação efectiva dos projectos em apreço, incluindo os contratos de compra e venda de energia, de financiamento e de contratação de empreiteiros para os empreendimentos”.

“Há, no entanto, um longo caminho a percorrer até que o primeiro kilowatt-hora de Boroma e de Lupata seja posto à disposição do país. Porém, a determinação que tem sido demonstrada pelas partes intervenientes nos dá confiança e certeza de que este sonho se tornará realidade. Para o efeito, os contratos de concessão que celebramos estabelecem de forma clara as obrigações do Governo e do concessionário no quadro da implementação destas importantes iniciativas”, disse.

Salvador Namburete garantiu que o Governo, na qualidade de concedente, “tudo fará para cumprir com as suas obrigações plasmadas nos contratos de concessão celebrados, incluindo o apoio aos concessionários nas negociações dos contratos de compra e venda de energia com os compradores elegíveis e garantir que os contratos de concessão sejam devidamente respeitados”. In “Realmoz” - Moçambique

Sem comentários:

Enviar um comentário