
A afirmação é do Ponto Focal
no país da Organização para o Aproveitamento do Rio Gâmbia (OMVG) feita na
abertura hoje de um Atelier Nacional de Validação do Plano Ambiental e Social
do referido projecto.
Inussa Baldé sublinhou que a
Guiné-Bissau deve estar preparada para possuir, a tempo, as infraestruturas de
acolhimento de distribuição e redistribuição da corrente elétrica proveniente
dessa barragem.
“A título de exemplo, vocês
viram que toda a ligação dos cabos elétricos que estavam em Bafatá foram
danificados. Quer dizer que esta energia vai entrar no país em alta tensão e
terá que ser transformada para distribuir aos clientes”, esclareceu.
Aquele responsável afirmou
que mesmo a capital Bissau tem problemas de rede de distribuição da energia
elétrica.
Informou que a União
Europeia tem uma verba para financiar um projecto do melhoramento dos cabos da
energia em Bissau.
Perguntado sobre o que o
país poderá ganhar com a energia a ser fornecida pela barragem de Kaleta,
Inussa Baldé respondeu que as necessidades em termos da energia, dependem do
clima de investimentos.
“A energia nunca é
suficiente para um país porque há parte que vai para o consumo doméstico,
industrias, turismo, a exploração mineira entre outras. Quer dizer que as
necessidades são enormíssimas”, explicou.
O Ponto Focal da OMVG na
Guiné-Bissau disse que a outra vantagem do projecto é que vai ligar o pais à
outras zonas energéticas de Africa, acrescentando que com a sua entrada em
funcionamento vamos ter empresas a operar no sector da energia e que injetam
correntes eléctricas de outros países para comercializar aqui a preços mais
competitivos.
“Para mim, a vantagem maior
desse projecto não é apenas o fornecimento de energia, mas sim de podermos
estar conectados com outras redes energéticas em qualquer parte da sub-região
africana”, informou.
Inussa Baldé frisou que uma
pessoa pode estar aqui no pais e se não pretende utilizar a energia da Empresa
de Eletricidade e Aguas da Guiné-Bissau (EAGB), que para ele não tem qualidade
ou tem um custo elevado e se está aqui um outro grupo concorrente a pessoa pode
simplesmente assinar o contrato com a referida empresa.
Baldé declarou que a energia
a ser fornecida pela barragem de Kaleta vai custar 32 francos CFA por
quilowatts, frisando que actualmente a energia da EAGB custa mais de 300
francos CFA.
“Com a entrada em
funcionamento da barragem de Kaleta, a Guiné-Bissau vai poupar anualmente cerca
de 13 biliões de francos CFA montante que é gasto na compra de combustíveis
para a Central Elétrica”, sublinhou.
Disse que na Guiné-Bissau
vão ser instalados 209 quilómetros de cabos desde as povoações de Saltinho,
Bambadinca, Bafatá, Mansoa, passando por Farim, Tanaf passando pelo Senegal e
Gâmbia. Agência de Notícias da Guiné –
Guiné Bissau
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