O Programa de Alimentação Escolar garantirá refeições quentes a mais de 178 mil crianças em cerca de 900 escolas no país. Os pequenos produtores vão fornecer cerca de mil toneladas de arroz e feijão produzidos a nível local. O Ministério da Educação foi palco da assinatura do acordo
O
Programa Alimentar Mundial, PMA, tem um novo contrato de fornecimento de
produtos alimentares localmente produzidos com 12 cooperativas agrícolas da
Guiné-Bissau.
A
parceria para o abastecimento das cantinas escolares em todo o país envolve os
Ministérios da Educação e Agricultura.
Redução de Pobreza
O
contrato marca o início de uma iniciativa com centenas de cooperativas,
pequenas e médias empresas. A meta da agência da ONU é avançar para a
transformação dos sistemas alimentares e do empreendedorismo rural na
Guiné-Bissau.
A
ação é parte da assistência alimentar a crianças em idade escolar e visa
garantir uma boa nutrição as crianças e reduzir a pobreza nas zonas rurais
através da ligação à produção agrícola local.
Entre
os benefícios da parceria estão novos empregos e mercados e o impulso ao
rendimento dos produtores rurais e das famílias.
Falando
na cerimónia, em Bissau, o representante do PMA, Claude Kakule disse que os
acordos vão permitir às cooperativas e aos membros terem uma visibilidade sobre
o mercado e a percepção de que produzindo o suficiente têm no Programa de
Alimentação Escolar um mercado seguro e rentável, que lhes permita aumentar o
rendimento, melhorar as condições de vida e sair da pobreza.
Arroz e feijão
A
primeira fase do acordo prevê a compra de cerca de mil toneladas de arroz e
feijão, estimadas em cerca de USD $1 milhão.
O
montante financiado pelos governos da Guiné-Bissau e Finlândia deve comprar
alimentos suficientes para cobrir as necessidades das 852 escolas que o PMA
cobre durante cerca de dois meses.
A
cantina escolar fornece refeições quentes diariamente para mais de 178 mil
crianças do ensino primário, incluindo crianças com deficiências em todo o
país.
A
colaboração com as cooperativas vai fortalecer os produtores locais, aumentar a
produção e a disponibilidade de produtos locais no mercado nacional a médio e
longo prazos.
Pequenos produtores
O
chefe da agência citou um estudo para demonstrar que o dinheiro que os cerca de
500 milhões de Cfas investido na compra das mil toneladas de alimentos junto
aos pequenos produtores, terá um efeito 10 vezes maior sobre a economia local.
Em
desenvolvimento separado, o boletim de seguimento do mercado de novembro de
2023 indica uma diminuição do preço da variedade mais consumida do arroz
importado em 16,5% face a novembro de 2022.
A
medida surge na sequência da decisão do então governo, liderado pelo
ex-primeiro-ministro Geraldo Martins em subsidiar as importações do cereal.
Medidas de contingência
Uma
medida cujo lado positivo foi de imediato notado no poder de compra das
famílias, especialmente as mais vulneráveis, segundo consta do relatório,
levantando a questão da sua sustentabilidade e conveniência tendo em conta a
falta de investimento na produção local de arroz.
Em
novembro de 2023, os preços do gasóleo e da gasolina caíram 13 e 19,7%
respetivamente face à igual período de 2022. Registrou-se um aumento nos preços
médios por quilograma de tomate, cenoura e cebola na ordem de 37,9, 28,6 e
20,7% respetivamente.
O
preço de um quilograma de açúcar teve um aumento de 7%, enquanto o óleo vegetal
baixou 11,7%. A tendência sofreu um revês com a dissolução do Parlamento e
consequente queda do então executivo.
Na
reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, o novo governo mostrou-se
preocupado com o recrudescimento do aumento dos preços sobretudo do arroz,
tendo instruído o Ministro do Comércio a fazer o diagnóstico das causas do
aumento e propor medidas corretivas. ONU News – Nações Unidas
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