Um
investigador português da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN)
quer reunir graduados portugueses na Suíça numa associação, com o objectivo de
promover o intercâmbio de experiências pessoais e profissionais. São vários os
países europeus que contam com associações que juntam graduados portugueses nos
seus países de acolhimento. Este ano, foi a vez de ser lançado na Suíça o
projecto que pretende reunir licenciados, mestres, doutorados ou pós-doutorados,
das mais diversas áreas de actividade no maior número possível de cantões suíços.
Paulo
Gomes, investigador no CERN há mais de 30 anos, foi o mentor do projecto que
junta os graduados portugueses na Suíça.
"Ao
longo dos últimos 30 anos, o número de portugueses no CERN tem vindo a multiplicar-se.
Há cerca de 300 portugueses a trabalhar de forma permanente ou temporária no
CERN", explicou o engenheiro em electrónica à agência Lusa, relatando que
a ideia surgiu em 2018, em conversa com colegas num encontro da diáspora
organizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Portugal.
"Esta
associação já existia em vários países europeus e já estava a fazer falta na
Suíça, visto que se trata de um país que acolhe um grande número de
portugueses", afirma o investigador do CERN.
O
acto constitutivo da Associação dos Graduados Portugueses na Suíça foi assinado
a 14 de Julho no consulado português de Genebra, tendo sido apresentados e
aprovados os estatutos, bem como confirmados os seus primeiros corpos sociais.
O
presidente da Associação dos Graduados Portugueses na Suíça (AGRAPS), Paulo
Gomes, relatou que o projecto da associação já tinha sido apresentado, no ano
passado, ao então secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís
Carneiro, aquando da sua visita ao CERN mas que só este ano foi possível
constituir formalmente a organização.
Trata-se
de uma associação que pretende estabelecer uma rede de comunicação entre os
graduados portugueses que residam ou trabalhem em território helvético,
promovendo trocas de experiências pessoais e profissionais com vista a reforçar
as ligações com os meios académico, científico, industrial, empresarial,
cultural, tecnológico e governamental, não só na Suíça como em Portugal.
Actualmente
a AGRAPS conta com cerca de 20 membros constituintes e uma centena de
profissionais interessados em integrar o grupo enquanto sócios.
Segundo
o presidente, a mais recente associação de apoio aos graduados portugueses na
Suíça tem contado com o apoio das congéneres nos Estados Unidos, Reino Unido,
França, Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos. O grupo reúne uma vez ao ano para
discutir e trocar ideias no âmbito de desenvolver uma comunidade além-fronteiras.
"Pretendemos
estreitar o contacto de todos os membros da nossa associação organizando
encontros socioculturais e científicos para os membros, assim como interagir
com a comunidade portuguesa", declara o presidente.
Além
disso, Paulo Gomes, refere ainda que o comité associativo está a trabalhar
sobre a criação de um espaço, no próprio 'site' da associação, destinado a
todos os graduados portugueses que desejem estudar e/ou trabalhar na Suíça ou
voltar a Portugal, com o objectivo de esclarecer dúvidas. In “O Século
de Joanesburgo” – África do Sul com
“Lusa”
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