Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 2 de maio de 2020

Unicef - Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe sem acesso à Semana de Vacinação

Os países de língua portuguesa são prejudicados por medidas de combate à pandemia como encerramento de fronteiras e isolamento social. A suspensão de voos no mundo levou à redução de até 80% na entrega de lotes de vacinas



O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, informou que a pandemia de covid-19 está afectando gravemente a Semana de Imunização, que ocorre todos os anos contra o sarampo e a poliomielite.

A agência listou 26 países que podem ser prejudicados com as medidas contra a pandemia durante esta Semana de Vacinação. Na relação estão Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Aeroportos

Em comunicado aos jornalistas, em Genebra, a Unicef pediu apoio para acabar com um atraso no envio de lotes de vacina por causa do encerramento de aeroportos e portos.

No ano passado, a agência licitou 2,4 mil milhões de doses de vacina para 100 nações.

A meta era alcançar 45% de todas as crianças menores de 5 anos de idade. Mas com a pandemia, está ocorrendo uma redução de até 80% na entrega dos lotes desde o início da Semana de Vacinação em 22 de março.

Transporte

No total, 26 países correm o risco de ficarem sem a imunização por causa do atraso no transporte dos lotes de vacinas. Nesta relação existem cinco nações que têm surtos de sarampo.

Lista completa de países:

Benin, Chade, Costa do Marfim, Guiné-Equatorial, Guiné-Bissau, Níger, São Tomé e Príncipe, Gana, Gâmbia, Burundi, Comoros, Eritreia, Eswatini, Ruanda, Zimbabué, Tadjiquistão, Turcomenistão, Butão, Nepal, Sri Lanka, Camboja, Coreia do Norte, Mongólia, Mianmar, Papua Nova-Guiné e Ilhas Salomão.

A Unicef alertou que o preço dos voos fretados por causa da pandemia é exorbitante e chegam a 200% do valor normal. Para a agência, muitos países não têm como arcar com esses custos e as crianças que precisam da vacina contra sarampo e poliomielite ficarão descobertas.



20 milhões

O Fundo ressalta que antes mesmo da pandemia de covid-19, cerca de 20 milhões de crianças abaixo de um ano de idade não eram imunizadas.

A Unicef alerta que a interrupção na entrega das doses poderá levar a surtos desastrosos este ano especialmente em países com frágeis sistemas de saúde.

O atraso no transporte das vacinas também gera um risco para os fabricantes das doses que terão que armazenar os lotes.

A Unicef está actuando com parceiros e fabricantes de vacinas para estudar soluções para o transporte. Entre eles estão a Aliança Gavi, Fundação Bill and Melinda Gates e a Organização Pan-Americana da Saúde. 

A agência da ONU pediu a governos, às empresas aéreas e ao sector privado que liberalizem as aeronaves e os voos a um preço acessível para a entrega das vacinas, uma vez que a vida das crianças está sob risco. ONU News – Nações Unidas

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