O surgimento dos primeiros casos positivos de Covid-19 no
país intensificou a procura pelos meios de prevenção. Enquanto cientistas de
todo o mundo procuram dia e noite encontrar uma vacina para combater o novo
coronavírus, o distanciamento social, a lavagem regular das mãos, o uso do álcool
gel ou etílico, luvas e máscaras são as únicas armas disponíveis para fazer
frente ao vírus. Para alguns cidadãos, as medidas de biossegurança são
necessárias para salvaguardar a saúde pública e, para outros, como alfaiates e
comerciantes, são uma nova forma de se ganhar dinheiro para sustento de suas
famílias. Especialista em Saúde Pública alerta que as mesmas têm qualidade
duvidosa
Máscaras
de todas as cores e modelos - de panos e convencionais - embelezam as ruas da
capital, um cenário que se verifica um pouco por todo o país. Agentes da Polícia,
comerciantes, automobilistas, médicos, enfermeiros, jornalistas e outros
profissionais exibem diariamente diferentes tipos de máscaras. Mas nem todos.
Engrácia
Damião é zungueira e aproveita o estado de emergência para comercializar
máscaras produzidas com tecido de pano no mercado do São Paulo, em Luanda,
aliás, é o tipo de máscara que ganhou destaque nos últimos dias, sendo também a
mais comercializada em vários pontos do país. O novo negócio não agradou o
mercado formal. Os supermercados e farmácias, por exemplo, que no início da
pandemia registaram uma procura massiva de máscaras e álcool gel, queixam-se
agora da concorrência e consideram-na desleal, devido à diferença na qualidade
dos produtos e dos preços.
Em
conversa com NJ, Engrácia contou que, antes do primeiro estado de emergência,
dedicava-se a um outro tipo de negócio, mas agora trocou-o pela venda de luvas,
máscaras, álcool gel ou etílico. Com o rosto empoeirado e uma máscara feita de
pano entre a boca e o nariz, revela que diariamente vende até 40 máscaras, o
que lhe permite facturar 400 a 8 mil kwanzas.
"O
preço das máscaras varia entre 100 e 200 kwanzas e já dá para levar pão para as
crianças. O uso de máscaras nesta fase de estado de emergência é de extrema
importância, porque nos ajuda a evitar a contaminação", explica a
vendedora, que tem o período matinal como o melhor para as vendas. Dulcineia
Lufua – Angola In “Novo Jornal
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