Mais de 1500 enfermeiros voluntários estão disponíveis
para ajudar o Ministério da Saúde a combater a pandemia da Covid-19 no País,
disse hoje ao Novo Jornal o bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola,
Paulo Luvualo
"Em
todo o País, a Ordem dos Enfermeiros tem o registo de 1500 profissionais
voluntários desempregados e dispostos a prestar serviços em várias unidades
hospitalares nessa fase da pandemia do Covid-19", adiantou Paulo Luvualo
esta segunda, 04, ao Novo Jornal.
Os
enfermeiros voluntários que estão a inscrever-se para trabalharem como
voluntários, notou, devem ter em conta que a sua participação não será
remunerada pelo Ministério da Saúde, nem por nenhuma outra entidade.
De
acordo com o bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, os profissionais
estão a ser informados, previamente, que o recrutamento é voluntário e que
todos têm que dar a sua melhor energia e saber para ajudar as autoridades a
combater a pandemia da Covid-19.
Paulo
Luvualo informou também que desse número, 500 profissionais estão em Luanda,
cidade que nesta altura tem o registo de 35 casos positivos do Covid-19, onde
oito dos quais são de transmissão local.
O
bastonário avançou que os 500 enfermeiros disponíveis em Luanda já receberam
formação sobre os cuidados a ter com a doença e que a Ordem está a pensar em
alargar a área de formação.
"Pensamos
em colocar dois centros de formação, sendo um na área norte e o outro no sul e
manteremos o do centro, que é a Escola de Formação de Técnicos de Saúde de
Luanda", acrescentou.
Paulo
Luvualo exortou aos demais enfermeiros, desempregados, a estarem preparados
caso a situação epidemiológica se agrave no País, para darem uma pronta
resposta no combate a esta infecção.
"Os
enfermeiros são os profissionais da linha de frente. Por isso têm que ter um
tratamento especial ou igual aos dos médicos, porque, no nosso ponto de vista,
o Ministério da Saúde está mais preocupado com a formação dos médicos e está a
esquecer dos enfermeiros" referiu e acrescentou que "isso é um erro
gravíssimo".
O
bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, Paulo Luvualo, assegurou ainda
ao Novo Jornal que a ordem controla mais de 40 mil enfermeiros, dos quais 12
mil estão no desemprego.
De
recordar que o Ministério da Saúde (MINSA) requisitou no mês passado os médicos
e enfermeiros reformados para reforçarem o leque de profissionais que trabalham
na luta contra a Covid-19.
Segundo
o bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, o MINSA solicitou no mesmo
momento à ordem o recrutamento de enfermeiros voluntários. Fernando Calueto -
Angola In “Novo Jornal”
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