A plataforma "Português Mais Perto",
ferramenta digital de ensino à distância, estendeu-se a 31 países no ano letivo
de 2017/2018, repartidos pelos cinco continentes, com a frequência de 575
alunos portugueses ou lusodescendentes, segundo dados do instituto Camões.
O número de países do
Português Mais Perto, plataforma desenvolvida pelo Camões – Instituto de
Cooperação e da Língua e pela Porto Editora apresentada há dois anos, aumentou
de 26 no ano letivo de 2017/18, também em todos os continentes, para mais de
três dezenas em 2018/19.
Segundo o presidente do
instituto Camões, “o projeto será aplicado em mais três países – a África do
Sul, a Austrália e a Venezuela – num âmbito de estratégia de diversificação que
está a ser colocada em prática, permitindo o acesso dos alunos a conteúdos de
qualidade em áreas não abrangidas pela rede” de ensino de português.
No caso da Austrália, Luís
Faro Ramos esclareceu que, “perante um número relativamente baixo de estudantes
de português, o esforço é direcionado para estimular essa aprendizagem de forma
gratuita, em estabelecimentos selecionados pela coordenação do ensino do
português”.
A gratuitidade do ensino
Português Mais Perto aplica-se igualmente na África do Sul e Venezuela neste
ano letivo, ao contrário do Canadá (Otava, Montreal e Toronto) e dos Estados
Unidos (Califórnia, Massachusetts, Connecticut, Nova Iorque e Nova Jérsia),
onde “o nível de vida médio permite, em geral, que os utentes utilizem a
plataforma pagando”.
O alargamento da rede do
Instituto Camões na plataforma Português Mais Perto sucede-se ao projeto-piloto
de utilização da ferramenta multimédia no Canadá e nos Estados Unidos, com 11
escolas, 33 professores e 486 alunos no ano letivo de 2017/18 com “o intuito de
se familiarizar os possíveis utilizadores com a plataforma”.
“Um dos principais resultados
deste projeto-piloto é a intenção já manifestada pelo Conselho Consultivo
Consular do consulado-geral de Portugal em São Francisco de alargamento de
utilização da plataforma a todas as escolas comunitárias e do ensino oficial
onde se aprende português”, explicou Luís Faro Ramos.
Há
535 inscrições, individuais e institucionais
No ano letivo de 2017/18, com
um universo de 33 professores, 575 alunos inscreveram-se na ferramenta
Português Mais Perto, “de particular relevância nos países onde não há rede
oficial do instituto Camões, uma vez que surge como recurso complementar de
utilização em sala de aula, com tutores/professores locais”.
Em África, os alunos inscritos
estavam radicados em Moçambique, Reunião (departamento ultramarino francês no
Oceano Índico) e África do Sul.
Alemanha, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, França, Itália, Jérsia, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Polónia, Reino
Unido, Roménia, Rússia, Sérvia e Suíça, além de Portugal, foram os países
europeus com inscritos na plataforma virtual, com oferta no 1.º ciclo (1.º ao
4.º ano), no 2.º ciclo (5.º e 6.º), no 3.º ciclo (7.º ao 9.º) e secundário
(10.º ao 12.º).
O recurso multimédia teve em
2017/18 inscritos no Brunei, China, Emirados Árabes Unidos, Macau, Turquia e
Vietname. No continente americano, além de alunos do Canadá e Estados Unidos,
registaram-se também inscrições no Uruguai e Bermudas.
Neste ano letivo de 2018/19,
“existem atualmente 535 inscrições, individuais e institucionais”, com “a
maioria dos utilizadores a frequentar cursos de português língua de herança
(523)”, destinado para alunos que sempre frequentaram a escola no estrangeiro,
com um registo residual a pertencer ao português língua materna, para os que
estiveram em escolas em Portugal e têm no horizonte voltar ao sistema de ensino
português.
Venezuela (150 alunos), África
do Sul e Estados Unidos (125) são os países que, até ao presente, têm mais
alunos inscritos na plataforma virtual. Austrália (Camberra, Melbourne e Nova
Gales do Sul) e Canadá (Edmonton e Montreal) apresentam 50 inscritos cada. Do
total de inscrições neste ano letivo – 535 -, 35 referem-se a registos
individuais de setembro a dezembro do ano passado, dos quais 30 sem tutor. In “Mundo
Português” - Portugal
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