Bissau – O chefe da Direcção
dos Recursos Humanos do Estado-maior General das Forças Armadas, afirmou que
sem meios materiais e humanos a Marinha Nacional não pode desempenhar o seu
principal papel que é a defesa da integridade territorial marítima.
Júlio Nhaté que falava na
cerimónia de encerramento do curso de Direito Internacional Marítimo destinado
a 40 efectivos da Marinha de Guerra Nacional, afirmou que, se os referidos
oficiais navais forem dotados de meios, estarão na altura de exercer as suas
actividades como deve ser.
“Todos sabem das fragilidades
que o país tem em controlar o nosso território e por causa disso, nos últimos
anos a Guiné-Bissau foi alvo de especulações de vários actos ilícitos como
placa giratória de tráfico de drogas, de armas, seres humanos, entre outros
males”, referiu.
Aquele responsável militar
disse que foi nesta óptica que estão a pedir apoios da comunidade internacional
para dotar a Marinha Nacional de meios para que possa controlar as fronteiras
marítimas do país.
“É de conhecimento de todos
que os nossos territórios marítimo e terrestre estão a ser consumidos pelos
países vizinhos e há muito que estamos a alertar o Governo sobre esta situação
mas nada foi feito”, disse Júlio Nhaté.
Apelou aos formandos para que
tudo fizessem a fim de aplicar na prática os ensinamentos adquiridos ao longo
do curso.
Por sua vez, o Chefe de
Estado-maior da Armada (CEMA), Carlos Alfredo Mandugal afirmou que se trata da
primeira formação do género que a sua instituição levou a cabo.
“Acabamos de dotar os nossos
oficiais da Marinha de conhecimentos em Direito Marítimo Internacional de que
há muito tempo necessitavam para o desempenho profícuo da nossa nobre missão,
que é da defesa e apoio à política da segurança e autoridade marítima”
enalteceu.
O CEMA disse que as ameaças
tais como pescas ilícitas, contrabando de armas, narcotráfico, piratarias e
fluxos migratórias para a europa são actualmente muito frequentes.
“Neste âmbito, entendemos que
é o momento de agir não apenas com meios navais mas também com recursos humanos
qualificados em matérias jurídicas a fim de permitir uma abordagem científica e
qualificada durante as nossas operações navais”, sublinhou Carlos Alfredo
Mandugal.
O Curso que terminou na
passada quinta-feira teve início no passado dia 13 de Dezembro e foi organizado
pela Consultaria Internacional da ONU. In
“Agência de Notícias da Guiné”
Sem comentários:
Enviar um comentário