A
língua portuguesa poderá vir a ter presença reforçada em Essuatíni (antiga
Suazilândia), pequeno país da África Austral, encravado entre Moçambique e a
África do Sul, disse o cônsul-geral Frederico Silva
Já houve «professores
destacados para o ensino básico e secundário» naquele país, algo que as
autoridades portuguesas pretendem «replicar em breve», referiu o diplomata
residente em Maputo, Moçambique, após uma presença consular de dois dias em
Essuatíni.
A ideia está em estudo e surge
numa altura em que o ensino do português é feito a nível superior.
«Temos presença no sistema de
ensino: encontra-se destacada na [antiga] Suazilândia uma leitora do Camões
[Instituto da Cooperação e da Língua], que visa dar início às aulas na
Universidade de Mbabane», sublinhou à agência Lusa.
A presença da língua reflete a
dinâmica da comunidade portuguesa no país: são 1100 num país com pouco mais de
um 1,3 milhões de habitantes, presentes em vários setores.
Grandes obras e minas nas
décadas de 20 e 30 do século XX, no então protetorado britânico, atraíram
emigrantes portugueses, que foram ficando, e aos quais se juntaram outros, mais
tarde, quando a ex-colónia, Moçambique, ficou independente.
À medida que novas gerações
foram nascendo, foram sendo naturalizadas.
Hoje, a comunidade portuguesa
tem uma forte presença «no ramo automóvel, na construção civil e comércio, além
de vários quadros» em atividade no país e, ao nível das principais marcas
portuguesas, a Galp atua no retalho de combustíveis com 18 postos de
abastecimento, descreveu.
«Há uma relação saudável»
entre Portugal e Essuatíni, «com espaço para crescer, e a presença
significativa da comunidade é um trunfo», acrescentou Frederico Silva.
As presenças consulares, como
a realizada em Essuatíni, servem para prestar serviços descentralizados para
matérias relacionadas com passaportes, cartões de cidadão, atos de registo
civil e notariado, recenseamento eleitoral, inscrições consulares e ainda
informação sobre programas de apoio social.
No caso, complementam o apoio
prestado por um cônsul honorário, num país onde muitos portugueses ainda se
reúnem em redor de coletividades como a Associação Portuguesa de Manzini ou o
Grupo Desportivo Português de Mbabane, capital do país. In “Revista
Port. Com” - Portugal
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