É
uma das mais recentes ilhas do mundo e agora tem mais uma razão de interesse
para os cientistas: uma espécie de lama viscosa que ainda não se conseguiu
explicar
Localizada no Pacífico Sul, a
ilha, que nasceu depois de uma erupção vulcânica no final de 2014, é, segundo a
NASA a primeira do seu género a formar-se desde que há imagens por satélite da
Terra.
A Hunga Tonga, como foi
batizada, tem sido acompanhada precisamente com recurso a satélites, mas só
quando foi visitada por cientistas, em outubro no ano passado, é que se revelou
portadora de novos motivos de interesse: a sua vegetação "única" e
uma lama misteriosa e pegajosa.
"Parecíamos todos
crianças inebriadas", recorda Dan Slayback, do Goddard Space Flight Center
da NASA, no blogue acerca da expedição.
"A maior parte [da ilha]
é cascalho preto, não lhe chamaria areia - cascalho do tamanho de ervilhas - e
a maioria de nós usava sandálias por isso é bastante doloroso quando se enfia
debaixo dos pés", acrescenta.
Mas a surpresa não foi esta
característica, mas sim uma "lama de argila clara". "Era muito
pegajosa" e os cientistas ainda não sabem de onde vem. Cinza é que não é,
assegura Slayback.
A vegetação que começava,
então, a crescer num istmo da ilha também intrigou a equipa, que acredita que a
fertilização está a cargo das aves das ilhas nas imediações.
Inicialmente, os cientistas
pensavam que a ilha acabaria por desaparecer em alguns meses, mas um estudo
divulgado em 2017 pela agência espacial norte-americana atualizou a previsão
para um período entre 6 a 30 anos.
Agora, Slayback diz que a ilha
para estar a sofrer os efeitos da erosão mais rapidamente do que se previa.
"Estavamos focados na erosão da costa sul, onde as ondas batem, o que está
a acontecer. Mas toda a ilha está a desaparecer também". Clara Cardoso – Portugal in "Visão"
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