Um
grupo de nove armadores (Cabo Verde Fast Ferry, Polaris, Adriano Lima,
Verdemar, Santa Luzia Salvamento Marítimo, Jô Santos & David, União de
Transportes Marítimos, Oceanomade e Aliseu) assumiu 49% do capital social da
Inter-ilhas, que tem como sócio maioritário a portuguesa Transinsular
Um grupo de nove armadores
nacionais rubricou com governo de Cabo Verde, na Cidade do Mindelo, o acordo
que formaliza a entrada no capital social da futura empresa de transporte
marítimo do arquipélago, a Cabo Verde Inter-ilhas. As empresas assumiram esta segunda
feira 49% do capital social da Inter-ilhas, que tem como sócio maioritário a
portuguesa Transinsular, vencedora do concurso internacional para serviço
público de transporte marítimo inter-ilhas.
O vice-primeiro-ministro e
ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, classificou como
“histórico” o acordo por ser mais uma etapa que se cumpre do concurso
internacional lançado em Janeiro de 2018 para o serviço público de transporte
marítimo inter-ilhas “Este é um acordo histórico, pois selamos hoje um
compromisso com os armadores nacionais para darmos ao País uma solução
optimizada e excelente em matéria de transportes marítimos”, afirmou o
governante, momentos após a assinatura do documento.
As nove empresas que entram na
Cabo Verde Inter-ilhas são: Cabo Verde Fast Ferry, Polaris, Adriano Lima,
Verdemar, Santa Luzia Salvamento Marítimo, Jô Santos & David, União de
Transportes Marítimos, Oceanomade e Aliseu. Cada uma deve realizar um capital
social de 2.722 milhões de escudos (cerca de 25 mil euros).
O resultado final da entrada
dos armadores cabo-verdianos na Cabo Verde Inter-ilhas é, segundo titular da
pasta das Finanças, dar ao país oportunidade para se criar uma empresa
“saudável e sustentável” e “um bom sistema” de transporte entre as ilhas
regular, seguro e a bom preço.
“Estamos engajados e
confiantes em que estaremos à altura de mudar o estado atual e sermos capazes
de reformar sem medo”, disse Olavo Correia, que ainda prometeu que o executivo
vai criar as condições para que os privados agarrem as oportunidades e
continuar a dinâmica “reformista” em curso.
Em representação dos armadores
nacionais, o comandante Luís Viúla referiu que o acordo é o resultado de
“muitas sessões de trabalho e discussão de questões relevantes” para a vida das
empresas nacionais de navegação marítima e que, “desde a primeira hora”, os
armadores nacionais estiveram interessados em contribuir e colaborar na
exploração dos navios de cabotagem na ligação das ilhas.
“Hoje chegamos a um acordo
porque o clima de negócio melhorou entre as partes, pelo que após muita
discussão os armadores decidiram entrar no negócio por unanimidade”,
concretizou.
Mediante o acordo rubricado,
todo o pessoal afeto às empresas armadoras poderá ser integrado na Cabo Verde
Inter-ilhas. Relativamente aos navios, os que forem considerados aptos, serão
transferidos para a nova empresa, sendo que o remanescente poderá ser vendido
ou abatido.
A Cabo Verde Inter-ilhas
iniciará atividades a partir do próximo mês de agosto, com as mesmas tarifas
segundo indicações do governo, por um período de transição de dois anos. É o
fim de um processo que parece ter chagado a bom porto, mas que levou meses para
ser resolvido, com os armadores cabo-verdianos a reclamarem de que tinham sido
deixados de fora, durante concurso internacional de serviço público de
transporte marítimo inter-ilhas. In “Jornal Económico” - Portugal
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