Cerca de três mil milhões de
dólares norte-americanos serão investidos, nos próximos anos, visando o aumento
da capacidade do Corredor Logístico de Nacala que liga a região carbonífera de
Moatize, em Tete, ao porto de Nacala, com passagem pelo Malawi.
Para a concretização deste
objectivo foi assinado em Maputo um acordo de financiamento e respectivos
contratos financeiros vinculantes entre as companhias Vale e Mitsui.
Para além dos representantes
das duas empresas, também participaram da cerimónia membros do governo,
financiadores nomeadamente a Japan Bank for Internacional Cooperation – JBIC;
Nippon Export and Investment Insurance – NEXI; Banco Africano de
Desenvolvimento – BAD; e a Agência Sul-africana de Crédito à Exportação – ECIC.
Com a aprovação dos acordos
estão criadas as condições necessárias para que a Vale e a Mitsui viabilizem os
trabalhos de melhoramento do Corredor Logístico de Nacala, através de
intervenções na linha, aquisição de material circulante, nomeadamente, vagões,
locomotivas, bem como outro equipamento para o manuseamento de carga.
Falando durante a cerimónia, o
Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, explicou que a aposta
dos investidores representa a confiança no trabalho que o governo tem estado a
desenvolver para tornar Moçambique num destino privilegiado do investimento
directo estrangeiro.
Para Mesquita, com o
financiamento previsto, o Corredor Logístico de Nacala vai conhecer
significativas melhorias, sendo expectativa que atinja, efectivamente, a
capacidade de 22 milhões de toneladas, das quais 18 milhões de toneladas
destinam-se ao escoamento do carvão e os restantes quatro milhões de toneladas
deverão ser alocados à carga diversa.
“Reiteramos o nosso cometimento
e determinação na prossecução da criação de um ambiente atractivo de negócios,
particularmente, a criação e actualização da legislação sobre o investimento, a
promoção do ambiente de paz, a redução da burocracia, entre outros”, sustentou
Mesquita.
Já o presidente da Vale
Moçambique, Marcio Godoy, explicou que o montante previsto para o investimento,
uma parte se destina a Moçambique e a outra ao Malawi e o prazo de reembolso do
crédito é de 13 e 14 anos, quase metade do período da concessão do Corredor
Logístico de Nacala.
Godoy destacou que para além
de responder de forma eficiente às necessidades logísticas do transporte de
carvão, o Corredor Logístico de Nacala desempenha um papel importante na
integração regional, sobretudo porque pode atender às necessidades de
escoamento de bens para Moçambique, Malawi, Zimbabwe e Zâmbia. In “Jornal
de Notícias” - Moçambique
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