A Vale Moçambique vai deixar
de utilizar a Linha do Sena e o porto da Beira para realizar as suas
exportações de carvão mineral, que ficarão concentradas no Corredor Logístico
de Nacala (CLN) e respectivo porto de águas profundas, disse o presidente da empresa.
Corredor
de Nacala
Márcio Godoy declarou ao
“Notícias”, de Maputo, à margem da cerimónia de assinatura dos contratos de
financiamento do CLN, que a empresa pretende aumentar, de 12 milhões de
toneladas, este ano, para 17 ou 18 milhões de toneladas, em 2018, o carvão a
exportar, “quantidade que pode muito bem ser acomodada no CLN.”
A linha de caminho de ferro do
Sena e o porto da Beira dispõem de capacidade para escoar cerca de 20 milhões
de toneladas por ano mas o canal de acesso ao porto só pode acomodar navios até
40 mil toneladas de arqueação bruta, necessitando além disso de operações de
dragagem quase permanentes devido ao assoreamento.
Márcio Godoy adiantou ao
jornal que o porto de águas profundas de Nacala tem capacidade para receber
navios até 180 mil toneladas, “algo que é muito mais vantajoso para a Vale
Moçambique”.
“Pretendemos começar a
exportar 18 milhões de toneladas de carvão por ano, quase a mesma capacidade
que existe no porto da Beira, pelo que é para nós vantajoso usar o porto de
Nacala devido à maior capacidade dos navios que ali podem atracar”, referiu o
presidente do Conselho de Administração da Vale Moçambique.
O grupo mineiro Vale e o grupo
parceiro Mitsui & Co assinaram na semana passada um acordo de financiamento
do projecto de melhoramento do Corredor Logístico de Nacala, através de
intervenções na linha e aquisição de material circulante. In “Jornal
de Notícias” - Moçambique
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