Moçambique vai começar a
produzir cerveja de marca Heineken a partir do primeiro semestre de 2019. A
fábrica, cujo investimento está avaliado em 100 milhões de dólares, estará
localizada na zona de Bobole, no distrito de Marracuene, província de Maputo.
O empreendimento será erguido
num espaço de 113 hectares que comportarão todos os compartimentos importantes
nas diferentes fases de produção, incluindo área social e de serviços de
assistência médica.
O empreendimento promete criar
valor para a economia moçambicana, através da abertura de centenas de postos de
trabalho e de utilização de matéria-prima maioritariamente nacional. De acordo
com o Director-geral da Heineken Moçambique, Nuno Simes, serão criados cerca de
200 postos de trabalho directos e muitos outros indirectos. Do ponto de vista
de utilização da matéria-prima nacional, e em linha com a estratégia de usar
60% da matéria-prima proveniente de África até 2020, a Heineken Moçambique
promete explorar possibilidades de montar uma cadeia de valor que explore fornecimentos
de moçambicanos, daí que vai oferecer oportunidades também aos produtores
agrícolas. Neste capítulo, a Heineken prevê melhorar os rendimentos das
culturas e capacitar produtores, melhorando o seu padrão de vida.
Ainda de acordo com os
responsáveis da Heineken, a aposta no mercado moçambicano (um dos 20 mercados
que explora em África), é um sinal de que Moçambique ainda é um mercado
promissor, com elevadas taxas de crescimento económico (apesar do abrandamento
no ano passado), com população jovem e com diversas oportunidades para se
consolidar e atrair mais investimentos no futuro.
O Governo considera que a
abertura da fábrica da Heineken no país é prova do seu comprometimento pelo
desenvolvimento do sector da indústria, de um modo geral, mas de forma
particular, o ramo alimentar.
Max Tonela, Ministro da
Indústria e Comércio, considera que a instalação da fábrica da Heineken no país
representa, igualmente, um avanço nos esforços de substituição de importações e
uma mais-valia no que diz respeito ao alargamento da base tributária (colecta
de impostos).
A Heineken promete surpresas
na cerveja que vai produzir em Moçambique. Também promete acções de promoção de
consumo responsável do produto pela sociedade.
Presente na cerimónia de
lançamento da primeira pedra para a materialização da obra, a embaixadora do
Reino dos Países Baixos (de onde a Heineken é originária), Pascalle Grotenhuis,
revelou tratar-se de uma “oportunidade das empresas, tanto moçambicanas como
internacionais mostrarem a vontade de realmente investir em Moçambique a longo
prazo. É o que a Heineken está a fazer: investir em Moçambique a longo prazo.
Estão a construir a sua presença localmente e a confiar no futuro da economia
de Moçambique”.
As autoridades provinciais e
locais, na voz do governador da província, Raimundo Diomba, e do Administrador
do Distrito de Marracuene, Juvêncio Mutacate, reforçaram o desejo em ver parte
das oportunidades a serem criadas pela fábrica a beneficiarem as populações
nativas. Benigno Papelo – Moçambique in “Revista
Capital”
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