A Incubadora de Negócios do Standard
Bank acolheu, recentemente, dois eventos de negócios para mulheres, com vista à
partilha de experiências e estabelecimento de parcerias no ramo empresarial.
Denominados Lioness Lean, os dois
eventos, organizados em parceria com a Shell e a Embaixada do Reino dos Países
Baixos, visam a criação de uma rede de empreendedoras e coordenação de esforços
para que as mulheres contribuam, de forma sistematizada, na geração de riqueza
e crescimento económico do País.
O primeiro evento foi
destinado a empresárias estabelecidas e em fase de iniciação de negócios, e o
segundo concebido para estudantes universitárias sem nenhuma experiência
empresarial por forma a despertá-las para o mundo dos negócios.
Os eventos contaram com a
participação de mais de 180 mulheres, entre empresárias e estudantes, e tiveram
como oradoras Filipa Carreira (fundadora e directora executiva da empresa
social de alto impacto, Wamina) Mariana Agness (fundadora do estúdio floral
requintado, House of Agness) e Eugénia Langa (fundadora da empresa especialista
em procurement e
logística, Nweba), que falaram sobre o seu percurso e partilharam as suas
experiências na área empresarial.
No fim, a fundadora da Lionesses of Africa, Melanie
Hawken, fez um balanço positivo e realçou a importância do Lioness Lean na
promoção do empreendedorismo feminino. “Estes encontros têm resultado na
criação de grandes empresas e marcas de renome, pois promovem a interacção
entre as mulheres, o que tem concorrido para que, juntas, encontrem as melhores
formas de ultrapassar diversos obstáculos através da partilha de histórias de
empreendedoras já estabelecidas”.
Para Melanie Hawken, é
importante que se aposte e se invista nas mulheres, que desempenham um papel
importante na sociedade e na economia do País, daí que o Lioness Lean tem,
também, a particularidade de promover a criação de redes de mulheres
empreendedoras a nível do continente africano, o que permite a expansão e
visibilidade das suas empresas e marcas.
Por seu turno, Sasha Vieira,
responsável pela Incubadora de Negócios do Standard Bank, explicou que a aposta
do banco em iniciativas ligadas ao empreendedorismo feminino surge da
necessidade de se garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que
os homens, pois só assim é que se pode promover o crescimento inclusivo.
Segundo Sasha Vieira,
“o Lioness Lean afigura-se
como uma das formas de contribuir para o sucesso do empreendedorismo feminino,
pois permite a interação entre as mulheres, a partilha de experiências e, acima
de tudo, o estabelecimento de parcerias e a criação de redes de comércio que
incluem fornecedores, clientes, entre outros intervenientes”.
Relativamente aos dois
eventos, a responsável pela Incubadora de Negócios do Standard Bank disse ter
ficado impressionada com a interacção entre as oradoras e as participantes, e
com o entusiasmo demonstrado pelas estudantes universitárias, para as quais
olha como aspirantes a empreendedoras. “Tiveram abordagens interessantes e
provaram estar com coragem e vontade de seguir em frente e concretizar as suas
ideias”.
Instadas a tecer comentários
acerca dos eventos, as participantes consideraram que os mesmos constituem um
espaço de que a mulher já precisava para se afirmar. Francisca Noronha,
estudante universitária e empreendedora, deu uma nota positiva ao Lioness Lean, “pois
estamos num País em que as mulheres, apesar de constituírem a maioria da
população, têm poucas oportunidades para empreender. Ou seja, ela é excluída.
Por isso, esta iniciativa dá à mulher a oportunidade de ocupar o seu devido
lugar na sociedade e de participar na vida económica do País”. In “Olá Moçambique” - Moçambique
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