O vice-ministro do Trabalho,
Emprego e Segurança Social, Oswaldo Petersburgo, instou a todos os estratos da
sociedade moçambicana a levantarem bem alto o cartão vermelho contra as piores
formas do trabalho infantil.
Segundo o governante, as
piores formas de trabalho infantil ocorrem em locais que escapam ao controlo
das autoridades, citando como exemplo ambientes informais e no seio familiar,
em que a sociedade só se dá conta da sua existência quando ocorrem maus tratos
e violência.
Segundo Petersburgo, este
facto chama à atenção para a necessidade de envolvimento directo e activo das
famílias, das confissões religiosas e das comunidades, onde as crianças estão
inseridas, para uma acção conjunta e vigorosa que contribua para a mitigação e
eliminação deste mal.
“Não há dinheiro que adie ou
pague o sonho de uma criança! Lutemos contra o trabalho infantil! Não deixemos
que as crianças parem de sonhar e viver a sua infância! Levantemos bem alto o
cartão vermelho contra as piores formas do trabalho Infantil”, alertou o
vice-ministro.
Petersburgo fez este
pronunciamento durante a sessão do Parlamento Infantil, realizado entre os dias
14 e 15 do corrente mês na cidade de Maputo, tendo referido que, como forma de
delinear medidas conducentes ao combate às piores formas de trabalho infantil,
o Governo preparou uma proposta de Plano de Acção de Combate às Piores Formas
do Trabalho Infantil, bem como a proposta da Lista de actividades que não podem
ser exercidas pelas crianças.
O referido Plano de Acção e a
Lista de Trabalhos Perigosos, segundo Petersburgo, foram recentemente validados
na Conferência Nacional, onde participaram, para além, dos parceiros sociais,
forças vivas da sociedade civil em representação de todo o país, com grande
destaque para a participação activa do Parlamento Infantil.
“É através desse instrumento
que o Governo, os parceiros sociais, a própria criança, terão uma plataforma
contendo medidas e acções concertadas para a prevenção e combate às Piores
Formas de Trabalho Infantil”, disse.
Ajuntou que o Plano de Acção
contempla medidas que concorrem para assegurar o acesso à Educação da criança,
acções que visem a retenção da criança na escola e a melhoria do ambiente
escolar.
O vice-ministro apontou o
fortalecimento da capacidade familiar de criação de renda, através de programas
sustentáveis e integrados de empoderamento das famílias afectadas como uma das
formas de combate ao trabalho infantil.
“É preciso também fortalecer
as instituições e o quadro legal, onde se preveja uma melhor e maior
coordenação das instituições que lidam com o bem-estar da criança, a revisão do
quadro jurídico referente ao trabalho de menores e aplicação consequente e
vigorosa da legislação que protege a criança, como meios para estancar o mal”,
concluiu. In “Olá Moçambique” - Moçambique
Sem comentários:
Enviar um comentário