O setor portuário brasileiro
movimentou 517,5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2017. Esse valor
representa um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse
número, os terminais de uso privado movimentaram 343,04 milhões de toneladas,
um aumento de 7,89%; e os portos movimentaram 174,46 milhões de toneladas, um
decréscimo de 1,04%. Os dados são da Gerência de Estatística e Avaliação de
Desempenho da ANTAQ e foram divulgados no dia 10 de agosto, durante o Encontro
Nacional de Comércio Exterior (Enaex), evento realizado no Rio de Janeiro.
Nos primeiros seis meses do
ano, foram movimentados 332,9 milhões de toneladas de granéis sólidos: um
aumento de 5,9% em comparação com o primeiro semestre de 2016. Em relação aos
granéis líquidos, foram movimentados 109 milhões de toneladas, um incremento de
1,2%. Analisando a carga geral solta, o levantamento realizado pela Agência
registrou um aumento significativo: 12,6%, com 27 milhões de toneladas
movimentados no primeiro semestre do ano. A movimentação de contêiner também
obteve crescimento: 0,7%, com 48,5 milhões de toneladas.
Em relação às principais
mercadorias, destaque para o minério de ferro. Nos primeiros meses do ano, o
setor portuário nacional movimentou 190,3 milhões de toneladas, 7,62% a mais do
que o registrado no mesmo período de 2016. Outro produto relevante foi o
petróleo (combustíveis), com 95 milhões de toneladas movimentados, um aumento
de 2%. A movimentação de soja teve um crescimento expressivo (10,29%), com 56,3
milhões de toneladas no primeiro semestre.
“A movimentação portuária no
primeiro semestre de 2017 cresceu principalmente em função do granel sólido.
Minério de ferro e soja, duas commodities que juntas representaram 47,7% da
movimentação nos primeiros seis meses, tiveram crescimentos relevantes, 7,6% e
10,3%, o que contribuiu para o resultado do país. O minério teve seu resultado
impactado por um aumento no preço da commodity a partir da segunda metade do
ano passado até o primeiro trimestre desse ano. Já o crescimento da soja é em
razão de uma safra recorde, quase 20% maior que a do ano passado, explicada
pelo comportamento do clima em praticamente todas as regiões do país”, explica
o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra.
O levantamento traz, ainda, os
dados sobre exportação e importação. Foram exportados 313 milhões de toneladas,
o que significou um aumento de 3,8%; e foram importados 69,9 milhões de
toneladas, um incremento de 10,5%. Números também referentes aos primeiros seis
meses do ano em comparação com igual período de 2016.
Navegação
O estudo mostra que a
navegação de longo curso movimentou 382,8 milhões de toneladas no primeiro
semestre de 2017, aumento de 4,91% na comparação com igual período de 2016. Já
a navegação de cabotagem movimentou 105 milhões de toneladas, o que significou
incremento de 1,94%. A navegação interior ficou com 27,7 milhões de toneladas,
contabilizando uma melhora importante de 13,62%.
A ANTAQ informou também
algumas projeções. De acordo com o estudo da Agência, haverá um aumento na
movimentação portuária de 1,75% no primeiro semestre de 2018, comparando com
igual período de 2017. Outra expectativa é que seja movimentado 1,033 bilhão de
toneladas neste ano, o que significará um aumento de 3,23% em relação a 2016.
O diretor-geral da ANTAQ,
Adalberto Tokarski, destacou que a participação dos TUPs tem sido relevante
devido à Lei 12.815/13, que retirou a obrigatoriedade de os terminais
movimentarem carga própria, podendo, assim, trabalhar, por exemplo, apenas com
carga de terceiros.
Tokarski apontou, ainda, dados
referentes ao Arco Norte. Em relação à soja, houve um aumento na movimentação
de 172,4%, levando-se em conta os primeiros semestres de 2012 a 2017.
Analisando o milho, esse número alcançou um aumento de 51,1%. In “Antaq”
- Brasil
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