O
Governo do primeiro-ministro Jorge Bom Jesus admitiu que São Tomé e Príncipe
está a atravessar sérias dificuldades, causando as mesmas um impacto cada vez
mais grave sobre a população. O motivo deve-se ao facto de Angola, único
fornecedor de combustíveis do país desde a independência, em 1975, ter decidido
cortar na quantidade de combustíveis que fornecia.
O
caso foi revelado por Bom Jesus durante a reunião com a comunidade são-tomense
radicada em Portugal. “Angola neste momento está a nos enviar 1/3 daquilo que
deveria normalmente enviar, daquilo que é o nosso consumo”, declarou em Lisboa.
Esta
redução tem causado sucessivas roturas nos reservatórios de stock de
combustíveis da ENCO, localizados na cidade de Neves. Os cortes no fornecimento
de energia elétrica dominaram o país em julho e a falta de petróleo para a
cozinha e para a iluminação complicou a vida da maioria da população.
“Há
oito dias estive em Angola precisamente para abordar esta questão, porque é
insustentável. Precisamos de uma moratória pelo menos até dezembro para
encontrarmos novas soluções”, acrescentou a mesma fonte.
O
governante referiu que, caso continue a ocorrer a rotura do stock, o seu
governo tem os dias contados. “Porque o problema da energia e do arroz deixam
cair governos em São Tomé e Príncipe, e tenho consciência disso”, concluiu.
Recorde-se
que o ministro das Finanças e da Economia Azul, Osvaldo Vaz, anunciou que São
Tomé e Príncipe deve 150 milhões de dólares (cerca de 136,3 milhões de euros) a
Angola, um valor igual ao do Orçamento Geral do Estado são-tomense para este
ano. In “e-Global” - Portugal
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