Angola - Rei do Bailundo pretende realizar o Festiovimbundu

O rei da Ombala Mbalundu revelou que o Huambo pode realizar no próximo ano, num mês por anunciar, a primeira edição do Festiovimbundu, que visa reunir todos os valores culturais (materiais e imateriais) desta região

O intitulado soberano dos ovimbundu, Tchongolola Tchongonga "Ekuikui VI”, que falava à margem da realização da Assembleia de Balanço da Associação Nacional de Soberania Tradicional em Angola (ANSTA), disse que a iniciativa segue os movimentos culturais que acontecem em vários pontos do país, tendo apontado a título de exemplo, o caso de Festikongo e o festival do Leste.

Este festival, cujas ideias precisam de ser bem amadurecidas, vai contemplar as províncias do Centro Sul do país, como o Huambo, Bié, Benguela, Cuanza-Sul e Huíla com vista a unir esforços para que a primeira edição seja um sucesso.

O foco do Festiovimbundu, segundo o soberano, é um instrumento para ajudar a resgatar, preservar e divulgar cada vez mais a cultura da região umbundu no país.

Apesar de não ter o mês marcado para fazer acontecer o maior festival da cultura do Centro Sul de Angola, assegurou, a data consensual vai ser definida numa reunião que vai juntar todos os reis e sobas grandes das províncias desta região. Acrescentou a esse respeito ser mais viável se for numa época que não chove para facilitar os princípios organizativos. O rei Tchongolola Tchongonga "Ekuikui VI” fez saber que a primeira assembleia de balanço da ANSTA vai servir como ensaio da antevisão da realização do Festival dos ovimbundu.

"O foco deste evento é o resgate de todos os elementos tradicionais ligados com a cultura umbundu, para que tais valores sejam transmitidos em várias gerações. Vai ser um festival de promoção, valorização da língua, dos sítios, música, dança e de intercâmbio cultural, englobando igualmente um conjunto diversificado de acções de natureza científica e turística”, disse.

O festival, referiu, vai reunir reis, sobas grandes e seculos, historiadores, músicos, escritores, grupos de dança e investigadores, que possam revelar aos mais jovens os factos ainda desconhecidos para que sejam motivos de estudo. Estácio Camassete – Angola in “Jornal de Angola”