“Amor Escarlate” é um romance de alunos da Escola Comercial que se passa nos anos 80. Embora se baseie em factos reais, é uma obra de ficção. É assim, ao contar as suas memórias, que o macaense José Basto da Silva se lança no mundo das letras. O autor espera que o leitor possa “viajar no tempo” com este seu primeiro livro, que vai ser apresentado no próximo domingo, na Casa Garden
José
Basto da Silva lança-se no “mundo das letras” com a obra “Amor Escarlate:
Memórias dos Tempos de Estudante em Macau”, que vai ser lançada no próximo domingo,
dia 15, no âmbito do programa Rota das Letras do XII Festival Literário
de Macau. O lançamento decorrerá na Casa Garden, às 15h00. Sem querer “levantar
a ponta do véu”, o macaense contou ao Jornal Tribuna de Macau que se trata de
“um romance de alunos da Escola Comercial, nos anos 80”.
“Embora
baseado em factos reais, o enredo deste livro é uma obra de ficção. Os eventos
e nomes são, em grande medida, fictícios e usados com o propósito de criar uma
história envolvente. Espero que o leitor goste de ler este livro tanto quanto
eu gostei de escrevê-lo”, afirmou.
O
livro começou a ser escrito quando estava ainda na Direcção da Associação dos
Macaenses e estava envolvido na revista “A Voz”. “As coisas iam acontecendo um
pouco sob pressão e, por uma questão de gestão de tempo, comecei a escrever
antecipadamente, nos intervalos, para poder entregar trabalho assim que
surgisse algum pedido urgente. Aos poucos comecei a juntar material que não
saía porque a revista estava atrasada. Foi assim que me ocorreu a ideia de
aproveitar o que tinha em mãos e fazer um livro”, contou José Basto da Silva.
Segundo
disse, já por várias vezes tinha sido “desafiado a escrever”, sobretudo por
Jorge Rangel, mas também por Miguel de Senna Fernandes e até por Henrique de
Senna Fernandes. “Nesta altura que o meu professor faria 100 anos, acho que não
podia fazer melhor homenagem à sua memória”, apontou.
Sublinhando
que “escrever é uma arte”, José Basto da Silva explicou que foi aprendendo à
medida que ia avançando na história. “Aliás, uma vez que só escrevia nos tempos
livres, demorei anos a terminar este projecto, e eu próprio notei que do
primeiro ao último capítulo houve uma evolução – creio que significativa”.
José
Basto da Silva referiu ainda a este jornal que o que escreveu foi revisto
várias vezes para “tentar homogeneizar o estilo e a narrativa”. “Aprendi muito.
Além disso, o processo em si também levou a que me lembrasse de muitas
recordações perdidas no fundo do inconsciente. Eu próprio fiquei surpreendido
com as coisas que me vieram à memória e que julgava perdidas. Foi muito bom
porque permitiu-me, de certo modo, viajar no tempo. Acho que isso será algo que
os leitores também irão experimentar”, prosseguiu.
Sendo
o português a língua principal, José Basto da Silva não deixa de explicar que o
livro foi “escrito em várias línguas”. “Também usei – porque somos assim, faz
parte da nossa cultura – um pouco de patuá e chinês. Ocasionalmente, porque
esta é uma terra internacional, sempre foi, também usei inglês e até francês… Macau
sãm assi ia!”, concluiu. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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