Espargos - O lançamento do livro “Destino Aziado”, que fecha uma trilogia iniciada em Chiquinho, obra “basilar” da literatura cabo-verdiana escrita por Baltasar Lopes, decorreu esta sexta-feira, na ilha do Sal, no Salão Nobre da Câmara Municipal.
“Destino
Aziado”, cujo lançamento acontece no âmbito das comemorações do Dia da Cultura,
celebrado a 18 de Outubro, da autoria do escritor e historiador José Joaquim
Cabral, é a continuação do “célebre” romance Chiquinho, que Baltazar Lopes
deveria ter escrito mas que na altura não foi possível.
“Eu
decidi dar continuidade ao livro Chiquinho, que é a história do homem
cabo-verdiano, com o romance anterior “Acushnet Avenue”, a contar a vida de
Chiquinho dos 20 aos 79 anos e este com um Chiquinho de 79 até 82 anos”, contou
o autor.
“A
minha compreensão é que em Cabo Verde temos excelentes escritores e
investigadores que escreveram a história de Cabo Verde, mas a macro. E
micro-história, temos ainda um déficit e eu tenho dedicado a isso, a histórias
particulares de Cabo Verde que não estão nos grandes escritores”, acrescentou.
O
livro é escrito no português cabo-verdiano, que o autor aproveita para deixar
uma advertência para aqueles que pensam que é um português mal escrito, assim
como Baltazar da Silva escreveu “Chiquinho”, que, a uma certa altura, foi
retirado de circulação por parecer um livro mal escrito.
“É
um livro escrito no português cabo-verdiano, foi revisto e editado por um
excelente revisor português, e nós fizemos questão de deixar assim que entendemos
ser entendível por qualquer um que vá ler o livro”.
A
obra “Destino Aziado” venceu a quarta edição do Prémio Literário Arnaldo
França, selecionada entre 14 candidaturas. “por unanimidade do júri”.
Seguidamente
à apresentação do livro, os presentes puderam ainda assistir à exibição do
documentário “Osvaldo Azevedo - O Velho Caminheiro”, de Jean Gomes. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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