A
Rádio Portuguesa UK começou como uma “brincadeira” durante o confinamento da
pandemia de covid-19 com o objectivo inicial de informar a comunidade no Reino
Unido, mas já ambiciona chegar à diáspora em todo o mundo.
As
emissões arrancaram simbolicamente no Dia de Portugal, a 10 de Junho, e nas
seis semanas de funcionamento acumularam uma audiência de 20 mil pessoas.
“Isto
começou tudo como uma brincadeira, tinha duas salas disponíveis e já tinha o
‘bichinho’ de montar uma rádio há algum tempo porque tive alguma experiência em
Bragança”, contou à agência Lusa o director-geral, Pedro Xavier, proprietário
de um escritório de consultoria e serviços em Londres.
Membro
activo da comunidade portuguesa, sentia falta de um “projecto sólido” que
informasse e mobilizasse os portugueses residentes no Reino Unido, que se
estima rondarem os 400 mil.
O
confinamento decretado no país em março para tentar travar a pandemia de
covid-19 tornou esta causa ainda mais importante, já que muitas pessoas
passaram a estar mais tempo em casa, com necessidade de apoio e divertimento.
De
uma conversa com o sócio João Carlos Faneca, o projecto acelerou e em poucas
semanas foi criada uma página na Internet e iniciada a formação de uma equipa,
que já conta com 15 pessoas.
Entre
os colaboradores estão o antigo futebolista Idalécio Rosa, a fadista Margarida
Arcanjo e animadores com sotaque brasileiro e angolano, Carolina Bianchini e
Waldemar Gourgel, numa tentativa de alargar a audiência.
O
alinhamento da Rádio Portuguesa UK inclui programas de entretenimento, com
humor e música, debates sobre temas actuais e política, fóruns de
aconselhamento sobre questões médicas e jurídicas e análises da actualidade
futebolística ou das ‘fofocas’ das revistas ‘cor-de-rosa’.
“A
variedade de programas é muito boa e está a correr muito bem”, afirmou à Lusa
João Faneca, que trabalhou como relações públicas e produção de eventos e já
tinha criado um canal de televisão na rede social Facebook chamado I Love
Portugal UK, onde anima as ‘Conversas de Quarentena’.
Na
sua opinião, “a comunidade precisava disto, um meio para divulgar os problemas,
chegar às pessoas com os eventos e para ficarmos mais perto”.
“Queremos
unir a comunidade, não só no Reino Unido, mas espalhada pelo mundo”, comentou.
Na
antena já passaram o embaixador de Portugal, Manuel Lobo Antunes, a
cônsul-geral em Londres, Cristina Pucarinho, e personalidades como Lili
Caneças, Ágata, Fátima Lopes e Quim Barreiros.
A
emissão pode escutar-se através da página da Internet e das aplicações próprias
para telemóvel e está presente nas redes sociais, mas estão a ser feitos
esforços para obter uma licença para transmitir em FM.
Consciente
de que “as pessoas estão mais agarradas aos telefones e redes sociais e usam
menos os rádios”, Pedro Xavier vinca que algumas emissões são transmitidas ao
vivo no Facebook, o que “permite interagir com os ouvintes e coloca a rádio no
século XXI”. In “O Século de Joanesburgo” – África do Sul
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