Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Macau – Actividade turística, o regresso lento à normalidade



O Executivo anunciou o lançamento de um plano para aumentar o número de visitantes e o consumo turístico no território, devido ao impacto da pandemia da covid-19 no turismo.

Inicia-se a partir desta terça-feira o “Plano de alargamento da fonte de visitantes, revitalização da economia e protecção do emprego”, anunciou o Governo. O plano prevê “proporcionar, através das empresas ligadas ao comércio electrónico na Internet, benefícios na aquisição de bilhetes de avião, hotéis e de consumo em geral para os visitantes”, refere um comunicado do Executivo.

O objectivo é atrair mais turistas, incentivar o seu consumo e usufruto, “dos serviços turísticos e de lazer prestados durante a sua estadia no território” e garantir assim “uma nova visita desses clientes”, acrescentam as autoridades.

O plano prevê “estimular o consumo turístico, prolongar o período de estadia em Macau e expandir a cadeia de consumo, o que beneficiará todos os sectores económicos, permitirá a mais estabelecimentos comerciais obterem benefícios no mercado de consumo, impulsionando, assim, a recuperação económica na estabilização do emprego local”.

Segundo o Governo, o plano é feito em cooperação com a Tencent, Alibaba e Air Macau. “Antes da chegada a Macau, os visitantes poderão participar no sorteio para aquisição de benefícios em hotéis e bilhetes de avião, respetivamente, através da conta oficial da Direcção dos Serviços de Turismo”.

Na quarta-feira, foram retomados os vistos turísticos da província de Guandgong, de onde vem a maioria dos jogadores nos casinos, uma medida considerada essencial para a recuperação económica do território, já que as receitas do jogo representam cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau.

A esmagadora maioria dos visitantes de Macau é proveniente do interior da China. Destes, cerca de metade chega da província vizinha, Guangdong. Se a situação se mantiver estável em termos de contágios, a China já indicou que planeia autorizar em todo o país a emissão de vistos turísticos para Macau a partir de 23 de Setembro.

O número de visitantes em Macau caiu mais de 90% em Junho e 83,9% no primeiro semestre, nos primeiros sete meses do ano as perdas dos casinos em relação ao ano anterior foram de 79,8% e a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre foi de 58,2%. “Prevê-se que a tendência de abrandamento do PIB seja mantida ainda no segundo semestre do corrente ano”, indicou o Governo na mesma nota.

Ocupação hoteleira cai 81 pontos percentuais em Julho

A ocupação hoteleira em Macau foi de 12,1% em Julho, menos 81 pontos percentuais em relação ao período homólogo de 2019, anunciou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em Julho, os 114 hotéis e pensões abertos ao público no território hospedaram 152 mil pessoas, menos 87,9% em relação ao mesmo mês de 2019, segundo um comunicado da DSEC. Os hotéis de cinco estrelas sofreram o maior impacto face à ausência de turistas, devido à pandemia de covid-19, com a taxa de ocupação a ficar-se pelos 7,8% no último mês, menos 86,2 pontos percentuais em termos anuais.

Devido às restrições fronteiriças, o número de hóspedes da China (55 mil) e de Hong Kong (11 mil) desceu mais de 90%, em termos anuais, acrescentou a DSEC na mesma nota. Em compensação, o número de hóspedes locais (81 mil) cresceu 49,5%, já que os hotéis continuaram a realizar promoções de pacotes de alojamento para residentes.

No mês de Julho, “não se registou nenhum visitante em excursões no território”, devido “à suspensão da emissão de vistos turísticos aos residentes do interior da China”, reactivada apenas na quarta-feira, e “à proibição da entrada de visitantes de outros países”.

Nos sete primeiros meses do ano, a taxa de ocupação média de quartos de hotéis e pensões foi de 25%, uma redução de 66,4 pontos percentuais relativamente ao mesmo período do ano anterior. No período em análise, os hotéis e pensões hospedaram 1.983.000 pessoas, menos 75,7% em relação aos primeiros sete meses do ano anterior, indicou a DSEC.

Em 2019, mais de 14 milhões de pessoas ficaram alojadas nos hotéis e pensões de Macau. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”

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