Lisboa
- A companhia aérea portuguesa euroAtlantic deverá voar para Timor-Leste em 06
de setembro, num voo comercial que tem por objetivo levar professores e trazer
cidadãos portugueses, confirmou à Lusa fonte da empresa transportadora.
Também
segundo informações da embaixada de Portugal em Díli, a que a Lusa teve acesso,
o voo partirá de Lisboa às 06:00 de 06 de setembro e chegará a Díli às 10:25
locais do dia 07.
A
representação diplomática de Portugal naquele país já está a divulgar por
'e-mail', para conhecimento de todos os interessados, as condições e horários
do voo, com base nas informações que recebeu da agência de viagens
"Sonhando", operador turístico da euroAtlantic.
A
partida de Díli está prevista para as 08:00 de 08 de setembro com chegada a
Lisboa às 22:30 do mesmo dia.
Para
viajarem neste voo os passageiros terão de apresentar o teste à covid-19
negativo, realizado até 48 horas antes do voo. Quem não apresentar o resultado
do teste ser-lhe-á recusado o embarque, informou o operador turístico.
Porém
o voo está condicionado a um número mínimo de passageiros, mas a companhia não
refere quantos.
A
embaixada de Portugal em Díli já tinha informado, na quarta-feira, da
possibilidade da realização de um voo comercial que permitirá o regresso de
professores portugueses a Timor-Leste e a saída deste país de vários cidadãos
portugueses.
Numa
curta mensagem na sua página na rede social Facebook a missão diplomática
explicou que, a concretizar-se, o voo ocorreria no início de setembro e seria
operado pela euroAtlantic Airways.
O
custo total da viagem será suportado pelos passageiros, informou a embaixada,
que solicitou a eventuais interessados na deslocação para Timor-Leste ou na
saída do país que contactassem diretamente a secção consular.
O
voo permitirá o regresso a Timor-Leste de professores da Escola Portuguesa de
Díli e do projeto CAFE (Centros de Aprendizagem e Formação Escolar) que saíram
no início de abril e estão ainda sem poder regressar.
O
voo foi proposto pela própria EuroAtlantic em resposta à preocupação com a
falta de ligações comerciais regulares de e para Timor-Leste, suspensas
indefinidamente desde final de março.
A
empresa já tinha operado no início de abril um voo entre Díli e Lisboa que
permitiu a saída de Timor-Leste de cerca de 150 pessoas, a quase totalidade dos
cidadãos portugueses.
As
restrições continuam a condicionar bastante as ligações de e para a ilha, com
as autoridades de aviação a manterem, por tempo indefinido, a proibição da
realização de voos comerciais regulares ou 'charters'.
Atualmente
apenas operam voos da Austrália, através de um acordo com a AirNorth --
praticamente limitados a cidadãos australianos -- e um voo quinzenal do
Programa Alimentar Mundial (PAM) com acesso restrito a funcionários de
embaixadas e missões internacionais, colaboradores e membros das agências das
Nações Unidas.
Uma
situação que torna impossível a outros cidadãos, tanto timorenses como
estrangeiros, entrar ou sair do país, isolado desde março.
Residentes
em Timor-Leste que não conseguem regressar, timorenses e outros que precisam de
sair, inclusive para receberem tratamentos médicos, turistas que estão retidos
no país há vários meses, entre outros, continuam sem solução.
Timor-Leste
tem relaxado as medidas de controlo, mantendo fortes restrições à entrada aérea
-- estão proibidos voos comerciais -- e limites nas entradas terrestres,
continuando a conduzir para quarentena ou auto confinamento todos os que chegam
ao país.
Timor-Leste
tem atualmente um caso ativo de covid-19, mas a preocupação no país tem vindo a
crescer devido ao aumento no número de infetados nos países vizinhos, quer na
Indonésia, quer na Austrália.
Recentemente,
o Governo timorense anunciou mais restrições nas entradas de pessoas na
fronteira terrestre, permitindo a abertura apenas a cada 17 dias, como medida
para responder às limitações atuais nos locais de quarentena, no âmbito da
resposta à covid-19.
Desde
11 de agosto, as fronteiras terrestres com a Indonésia passaram a estar abertas
apenas quatro horas a cada 17 dias, com um limite máximo de entrada de 200
pessoas e a prioridade a ser dada a cidadãos timorenses.
O
Governo informou que todos os cidadãos nacionais e estrangeiros que queiram
entrar no país, por terra ou ar, têm obrigatoriamente de cumprir um período de
14 dias de quarentena.
Antes
de entrar no país, têm de solicitar autorização, apresentando testes negativos
de covid-19.
A
pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 844 mil mortos e infetou mais de 25
milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela
agência francesa AFP. Agência Lusa
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