Lisboa - Portugal e Timor-Leste
assinam em Lisboa, o Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2018-2022, que
terá um envelope financeiro de 70 milhões de euros, afirmou o chefe da
diplomacia timorense.
"O processo está completo
da parte de Timor-Leste e penso que da parte de Portugal também e vamos assinar
num encontro com o meu homólogo Augusto Santos Silva", disse Dionísio Babo
Soares.
O Ministro dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação de Timor-Leste falava aos jornalistas na sede da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na capital portuguesa, após
um encontro com o secretário-executivo da organização, Francisco Ribeiro
Telles.
O Programa Estratégico de
Cooperação Portugal-Timor-Leste 2018-2022 (PEC) foi aprovado, em março, pelo
Conselho de Ministros, em Díli, tendo como envelope financeiro indicativo de 70
milhões de euros para projetos de cooperação centrados em três eixos:
consolidação do Estado de direito e boa governação, educação, formação e
cultura e desenvolvimento socioeconómico inclusivo.
Apesar de ser assinado apenas
este ano -- com atraso devido à situação política em Timor-Leste -- o PEC cobre
o período entre 2018 e 2022, tendo o anterior terminado oficialmente em 2017.
No encontro na CPLP, Francisco
Ribeiro Telles e Dionísio Babo Soares passaram em revista as questões da agenda
da organização, bem como as posições timorenses relativamente a esses dossiês,
em particular a situação política na Guiné-Bissau.
"Estamos a acompanhar de
perto [a situação na Guiné-Bissau] e esperamos que tudo seja resolvido o mais
depressa possível para que haja uma governação democrática que possa trabalhar
para o bem-estar do povo guineense", disse Dionísio Babo Soares.
Por seu lado, o
secretário-executivo da CPLP destacou como "passo positivo" a
indigitação de Aristides Gomes como novo primeiro-ministro do país, mais de
três meses depois da realização das eleições de 10 de março.
O nome de Aristides Gomes,
atual primeiro-ministro, foi indicado depois de o Presidente guineense, José
Mário Vaz, ter recusado nomear para o cargo Domingos Simões Pereira, presidente
do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que
venceu as eleições.
"A Guiné-Bissau vai ter
um calendário eleitoral, vai ter eleições presidenciais em novembro e esperemos
que até lá tudo decorra normalmente de forma a criar todas as condições para
que as próximas eleições decorram numa atmosfera positiva", disse Ribeiro
Telles.
Em declarações aos jornalistas
na sexta-feira, em Maputo, Francisco Ribeiro Telles, tinha expressado
"redobrada preocupação" da organização com a situação política na
Guiné-Bissau, depois da recusa do Presidente guineense em indigitar Domingos
Simões Pereira. In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”
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