A China está envolvida em oito
projectos portuários nos PALOP, segundo um levantamento recente do Centro de
Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS, na sigla em inglês)
O
levantamento do CSIS, feito pelos investigadores Judd Devermont e Catherine
Chiang, aponta para a existência de 46 projectos portuários operados,
construídos ou financiados pela China, em todo o continente africano, alguns
dos quais serão eixos da iniciativa Faixa e Rota.
Nos
países africanos de língua portuguesa, a China não opera qualquer
infra-estrutura portuária, mas é construtora e financiadora no anunciado
projecto do porto do Mindelo, em Cabo Verde, tal como do porto de Bata, na
Guiné Equatorial, também dado como concluído.
Ainda
no Golfo da Guiné, o anunciado porto de águas profundas de Fernão Dias, em São
Tomé e Príncipe, deverá contar com investimento e construção chinesas, segundo
o levantamento do CSIS.
Mais
a Sul, em Cabinda, interesses chineses surgem como construtores do porto do
Caio – dado pelo CSIS como “parado indefinidamente” – e também no porto de
Cabinda.
Ainda
em Angola, o projecto de expansão do porto do Lobito, já concluído, teve também
capital e engenharia chinesa.
Em
Moçambique, o porto da Beira teve a sua capacidade aumentada com capital e
construção chinesa, enquanto o anunciado porto de Techobanine, a sul de Maputo,
conta com financiamento chinês.
O
estudo indica que os portos da África a sul do Saara “desempenham um papel
fundamental na iniciativa Faixa e Rota, extensa rede de projectos de
infra-estruturas chineses que ligam a China à Europa, à África Oriental e ao Sudeste
Asiático”, cujo lançamento em 2013, serviu “para o Presidente Xi (Jinping)
procurar abrir a China a novos mercados e expandir a influência política do seu
país.”
“Formando
a espinha dorsal da Rota da Seda Marítima, os investimentos nos portos
africanos servem de porta de entrada para o desenvolvimento económico e
comercial da região”, adiantam.
Para
os autores, a maioria dos projectos “destina-se provavelmente a ganho
comercial”, tendo-se a China alçado na última década a principal parceiro
comercial do continente.
“Os
investimentos portuários são apenas uma das principais vias pelas quais (a
China) estabelece a supremacia comercial na região”, sendo identificadas no
estudo ligações entre portos e outros projectos Faixa e Rota, referem. In “Transportes
& Negócios” – Portugal
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