Um
consórcio de vários grupos de investigação da Universidade de Coimbra (UC) foi
premiado pela Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes (EFSD) com um
financiamento de 100 mil euros para um projeto que visa estudar novos
marcadores das complicações dessa doença.
O
projeto de natureza interdisciplinar – que congrega investigadores do Coimbra
Institute for Biomedical Imaging and Translational Research/Instituto de
Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (CIBIT/ICNAS), do Instituto de
Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra/Faculdade de Medicina da
Universidade de Coimbra (iCBR/FMUC), do Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra (CHUC) e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) –
vai combinar a imagem médica com abordagens bioquímicas, para explorar três
novas formas de medir ou identificar alterações na diabetes. “Este projeto
permitirá identificar marcadores precoces de complicações da diabetes, com
impacto claro na qualidade de vida dos doentes”, sublinha Miguel
Castelo-Branco, coordenador do estudo científico – que envolve também Leonor
Gomes e Carolina Moreno (investigadoras clínicas), Paulo Matafome (de
investigação básica em modelos de animais de diabetes) e Bruno Manadas (das
áreas emergentes de metabolómica e proteómica).
Os
três novos marcadores, que vão ser estudados pela equipa de investigação da UC,
permitirão explorar caminhos muito diferentes para medir ou identificar
alterações na diabetes. A primeira medida identifica alterações muito iniciais
da regulação nervosa da irrigação sanguínea. A segunda explora novos métodos de
imagem – baseados em ressonância magnética e PET (Tomografia por Emissão de
Positrões) – para estudar o metabolismo e o stress celular. A terceira usa
abordagens bioquímicas para analisar os efeitos perniciosos do excesso de
ligação de glicose a proteínas e lípidos (glicação). O objetivo da equipa
multidisciplinar é que, com recurso à inteligência artificial, seja possível
potenciar a deteção precoce destas alterações no organismo dos doentes
diabéticos.
O
prémio da EFSD “vem também salientar a relevância do trabalho colaborativo
entre várias entidades que, ao longo dos últimos anos, têm estudado as
complicações da diabetes (tanto em modelos humanos como animais, incluindo o
coração, cérebro, fígado, tecido adiposo e a retina)”, conclui Miguel
Castelo-Branco. Rui Simões – Portugal in “Universidade
de Coimbra”
Sem comentários:
Enviar um comentário