Segundo a projeção diária do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) a população do Brasil registou neste dia 04 de
Junho de 2019 um máximo de 210 milhões de pessoas, número provisório mas que dá
uma verdadeira dimensão do crescimento da população brasileira
Hemisfério Sul
Poderemos afirmar que
atualmente 200 milhões falam a língua portuguesa no Brasil, mas a pergunta que fica é
quantos a falariam em 1822 na época da independência? Efetivamente muito
poucos.
Quando olhamos para
África e perguntamos quantos dos 30 milhões de angolanos ou quase 28 milhões de
moçambicanos falam a língua portuguesa, certamente serão muito mais em
percentagem em relação aos brasileiros na data da independência e que hoje
corresponde a quase 100%.
Para um rápido
desenvolvimento da língua portuguesa temos que ter em consideração o fluxo das
pessoas para os grandes centros urbanos e o acesso a meios audiovisuais que no
séc. XIX não existiam.
A língua portuguesa é a
única das línguas coloniais que transmite uma unidade territorial, pois não
acontece nem com a inglesa, castelhana ou francesa. Os governantes das antigas
colónias africanas portuguesas estão cientes da riqueza que é esta língua e têm
apostado na educação como fator de unidade nacional. Contudo é extremamente
importante que mantenham vivas as línguas maternas regionais, não se pode
destruir um legado passado de geração em geração.
Atlântico Norte
Ao longo do tempo tem-se
assistido a várias intervenções de figuras públicas, antigos combatentes do colonialismo
português, depois dirigentes políticos dos seus países e agora alguns já
reformados, que têm afirmado que a língua portuguesa tem que ser uma língua de
ciência. Presenciamos dirigentes políticos dos países de língua oficial
portuguesa, nos principais organismos internacionais a discursarem em língua
portuguesa.
Pelo contrário, os
portugueses que têm uma retórica de defesa da língua portuguesa, preocupam-se
em mostrar conhecimento perante terceiros, usando a língua inglesa, enquanto
tomam posição a favor ou contra o Acordo Ortográfico, não verificando por
exemplo, que há organismos públicos portugueses que apresentam artigos técnicos
em língua inglesa sem a correspondente tradução em língua portuguesa. Em vez de
defenderem a língua portuguesa só a afastam de uma língua de conhecimento.
Pacífico
“Ai, esta terra ainda
vai cumprir seu ideal” afirmava Chico Buarque que não se referia ao pequeno
território de pouco mais de 20 km2 e hoje com 30 km2 de nome Macau.
Este pequeno território
chinês sob administração portuguesa até quase ao final do ano de 1999, quando
se tornou a Região Administrativa Especial de Macau, logo chamou a atenção dos
dirigentes da República Popular da China para a principal potencialidade da
região, a língua portuguesa. Aquela língua que os portugueses (alguns) parecem
não querer dar a devida importância, é a par da língua inglesa a outra língua
universal, que não se confina a regiões específicas como a língua castelhana e
francesa, a língua portuguesa acompanha também o movimento do Sol.
A República Popular da
China compreendeu que tem uma língua ocidental interlocutora à sua língua
mandarim, uma língua doce que nada tem de imperial. Não é de estranhar que
países lusófonos como Angola, Moçambique, Cabo Verde e Portugal estejam
interessados em desenvolver o mandarim para que haja uma sólida cooperação
entre os países de língua portuguesa e para já o Fórum Macau e daqui a algum
tempo por que não a Grande Baía. Baía da
Lusofonia
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