Apesar
de ainda não ter condições para reabrir o curso de Português, devido à falta de
procura, a Academia do Cidadão Sénior avalia a possibilidade de lançar um
programa de Verão naquela língua no próximo ano. Através deste curso, os alunos
poderão aprender comunicação básica de apoio em viagens, nos hospitais e bancos
A Academia do Cidadão Sénior
do Instituto Politécnico de Macau pondera reabrir o curso de Língua Portuguesa,
mas o plano ainda não poderá ser concretizado devido à falta de procura, o
mesmo motivo que levou à sua suspensão pouco tempo depois da criação da instituição.
“Para abrir este curso, precisamos de pelo menos 12 alunos, mas segundo os dois
inquéritos que fazemos anualmente, ainda não há tanta procura”, explicou a
directora da Academia.
Apesar disto, poderá abrir um
curso de Verão de Português no próximo ano, com capacidade para 12 alunos. A
instituição espera que as aulas venham a ser leccionadas por um professor,
antigo funcionário público que trabalhava em assuntos ligados à língua, adiantou
Lam Wan Mei à Tribuna de Macau.
Segundo a directora, a
Academia está a cooperar com o Instituto de Acção Social na formação de
orientadores para idosos, um dos quais poderá ser o referido docente. “Estamos
a encorajá-lo para sair dos bairros, ensinando a língua aos idosos. Depois de
abrir o curso, vamos avaliar as reacções dos alunos. Se forem boas, não
afastamos a possibilidade de dar continuidade a este curso”, explicou.
O curso de Verão poderá ter
uma duração de 20 horas, destinadas à aprendizagem de técnicas básicas que
permitam comunicar no dia-a-dia, incluindo nos bancos, hospitais ou quando
viajam para países lusófonos, num programa semelhante aos cursos de Inglês e
Mandarim da Academia.
Por outro lado, a Academia do
Cidadão Sénior vai ter um campus novo na Taipa. A obra ainda não começou, mas a
directora prevê que o novo espaço poderá acolher cursos a curto prazo ainda
este ano. Localizado perto de Chun Su Mei, o campus poderá começar a funcionar
em Junho ou Julho de 2020.
Lam Wan Mei apontou que no
primeiro ano de operação do campus poderão não abrir tantos cursos como na
Península, mas haverá 20 turmas. Segundo a responsável, o campus na Taipa
permitirá novas funções em relação ao actual, com uma sala de caligrafia e
pintura.
“Agora, estão a partilhar as
salas de aula com alunos jovens. Mas para os que aprendem caligrafia e pintura,
as mesas são demasiado pequenas”, referiu.
Recorde-se que o espaço na
Taipa poderá ter 520 vagas, que serão preenchidas gradualmente, devendo ser
admitidos 170 alunos no ano inicial. Este ano, graduaram-se da Academia 95
alunos. No novo ano lectivo, serão acrescentados novos cursos, incluindo sobre
técnicas de uso de telemóveis. Rima Cui –
Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário