Conclusão do
caminho-de-ferro de Benguela vai impulsionar crescimento económico de Angola
A conclusão das obras de
reconstrução do caminho-de-ferro de Benguela vai ter um efeito positivo na
economia de Angola, através do estímulo a sectores como a extracção de
diamantes e agrícola naquela zona do país, afirmou a Economist Intelligence
Unit.
A cargo da China Railway Construction, um dos
maiores grupos chineses de construção civil, a reconstrução dos 1344
quilómetros de linha férrea demorou cerca de 10 anos, implicou a reparação ou
construção de 67 estações e representou para o Estado angolano um custo de 1,83
mil milhões de dólares.
No seu mais recente relatório sobre Angola, a
EIU adianta que a previsão de crescimento da economia de Angola deverá ser
revista em alta a fim de acomodar o impacto da entrada em funcionamento daquela
artéria ferroviária.
O próximo passo poderá ser mesmo a
privatização, sendo “essencial que estes activos potencialmente valiosos não
sejam cedidos demasiado baratos ou a firmas sem capacidade suficiente para os
tornar bem sucedidos.”
No caso de Luanda, ao longo
dos últimos 18 meses têm sido a Caminhos de Ferro de Luanda (CFL) a operar os
400 quilómetros que ligam a capital do país a Malange, centro da produção
agrícola do país, mas têm-se deparado com custos de funcionamento elevados, que
“estão a ser fortemente subsidiados”, de acordo com a EIU.
Também neste caso, adianta, procura-se um
investidor privado que possa começar a operar a linha de caminho-de-ferro numa
base comercial.
O caminho-de-ferro de Benguela liga o porto do
Lobito à fronteira com a República Democrática do Congo, estando planeado o
reforço das ligações congolesas à fronteira, o que permitiria uma alternativa
de escoamento das exportações minerais do país vizinho, hoje limitadas à África
do Sul.
O governo de Angola tem estado a estudar a
fusão das empresas gestoras das principais linhas de caminhos-de-ferro do país,
reconstruídas com as linhas de crédito da China, estando previsto ceder a
gestão comercial mas mantendo uma posição de controlo numa nova empresa, a Caminhos
de Ferro de Angola, que ficaria com as infra-estruturas.
A nova empresa resultará da fusão das empresas
gestoras Caminho de Ferro de Benguela (CFB), Caminho de Ferro de Luanda (CFL) e
Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM).
O plano de desenvolvimento do Sistema
Integrado dos Caminhos-de-Ferro, aprovado pelo governo angolano, prevê a
ligação das três linhas de caminho-de-ferro existentes às redes ferroviárias
dos países vizinhos – República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia.
Assim, o caminho-de-ferro de Benguela (CFB)
deve ligar-se à Zambian Railways, através de um ramal especial entre a estação
de Luacano, no Moxico, e a nova linha de Lumwana, em construção na Zâmbia.
O caminho-de-ferro de Namibe (anteriormente
Moçâmedes) vai ligar-se à linha ferroviária da Namíbia, partindo da estação do
Cuvango, numa extensão de 343 quilómetros, até Oshikango, em território
namibiano, junto à fronteira com a província angolana do Cunene.
Está ainda em estudo a construção dos
caminhos-de-ferro do Congo, que ligarão Luanda às províncias do Bengo, Uíge,
Zaire e Cabinda, numa extensão de 950 quilómetros, interligando-se depois com o
Chemin de Fer du Congo Ocean, no Congo Brazzaville.
In “Cargo Edições” -
Portugal
ResponderEliminarExcelente. Essa integração( ligação de todas asa Ferrovias
Com troços transversaos ) e também aos países vizinhos é um enorme , inteligente e bem-vindo trabalho. PARABÉNS à iniciativa.
O desenvolvimento dos países de beneficiará e Angola poderá equipar melhor os seus portos de mara para atender às novas demandas de transporte de minérios e todo o tipo de produtos, bem como de passageiros em carruagens modernas e cheias de conforto para fortalecer os negócios e o turismo em direcção às excelentes praias de Angola, etc. ´Só ver o exemplo de PORTUGAL com os seus ALFA- PENDULARES circulando por lá e lá construídos.
P A R A B É N S. Que tal instalar em ANGOLA, junto a uma dessas vias férreas um fábrica para construção de carruagens ALFA-PENDULARES e carrocerias para AUTOCARROS ???? Com equipamentos e mão-de-obra especializada cria-se muita mão-de-obra especializada. MÃOS À OBRA ANGOLA.
Armando Ribeiro
www.aresemares.com