Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Internacional - Mundo de terror

Com os fatídicos acontecimentos de onze de Setembro de 2001 foi declarada a Guerra ao Terrorismo. Apesar das certezas por parte das elites, são muitas as vozes que ecoam na sociedade civil dos que continuam descrentes da versão oficial e a reclamar uma verdadeira investigação ao que se passou nessa data.

A Guerra no Iraque foi precedida de uma verdadeira campanha dos media internacionais que dramatizaram nos noticiários em prime time a posse de armas de destruição massiva por parte do Regime de Saddam. A destruição está à vista e das armas de destruição massiva nunca houve qualquer rasto.

As preocupações ocidentais de democratização que percorreram alguns países do Norte de África deixaram um rasto de destruição e a certeza de que o petróleo Líbio continuará a ser comercializado em dólares.

De facto, para haver uma Guerra ao Terrorismo têm de existir terroristas. Seria interessante perceber-se o modo como a situação no terreno foi criada, conhecer-se os verdadeiros agentes mobilizadores (e financiadores) de toda esta agitação, que agora à luz da criação da ISIS e da ambição de radicais islâmicos para a criação de um Califado do século XXI leva a que se acentue a necessidade de mais uma coligação internacional para resolver o problema.

À semelhança do que se passou na fase “iraquiana”, temos de novo os media internacionais a demonizar, neste caso, Putin como se o período da Guerra Fria do século passado pudesse ser recriado no século XXI. De novo, as notícias contraditórias sobre quem fez o quê e as dinâmicas no terreno criaram um estado de tensão latente.

A opção pela via das sanções à Rússia e a inevitável retaliação associada aumentaram a perceção de fragilidade da economia europeia por parte dos investidores. O dólar interrompeu temporariamente a sua trajectória descendente (medida pelo o índice USD) e o Euro passou a estar fragilizado.



Sabemos que se trata de uma valorização artificial e que não será duradoura, uma vez que está em curso um reequilíbrio global das reservas dos bancos centrais fora do dólar, em particular pela China.

A opção pela via das sanções pode vir a revelar-se “um tiro no próprio pé”, por estar a induzir/acelerar realinhamentos e a criação de alternativas que continuamente começam a ser anunciadas (ao sistema SWIFT, ao Banco Mundial, à aceitação de novas moedas no comércio de energia, entre outras), o que inevitavelmente irá fragilizar ainda mais o estatuto de reserva internacional do dólar.

Esperemos que a visão atribuída a Albert Pike (1809-1891) sobre a necessidade de três guerras mundiais até serem criadas as condições para a implementação por parte das elites de uma Nova Ordem Mundial permaneça como visão que nunca venha a atingir realidade. Marto Gallo - Portugal

Sem comentários:

Enviar um comentário