Com os fatídicos
acontecimentos de onze de Setembro de 2001 foi declarada a Guerra ao
Terrorismo. Apesar das certezas por parte das elites, são muitas as vozes que
ecoam na sociedade civil dos que continuam descrentes da versão oficial e a reclamar
uma verdadeira investigação ao que se passou nessa data.
A Guerra no Iraque foi
precedida de uma verdadeira campanha dos media
internacionais que dramatizaram nos noticiários em prime time a posse de armas de destruição massiva por parte do
Regime de Saddam. A destruição está à vista e das armas de destruição massiva nunca
houve qualquer rasto.
As preocupações ocidentais
de democratização que percorreram alguns países do Norte de África deixaram um
rasto de destruição e a certeza de que o petróleo Líbio continuará a ser
comercializado em dólares.
De facto, para haver uma
Guerra ao Terrorismo têm de existir terroristas. Seria interessante perceber-se
o modo como a situação no terreno foi criada, conhecer-se os verdadeiros
agentes mobilizadores (e financiadores) de toda esta agitação, que agora à luz
da criação da ISIS e da ambição de radicais islâmicos para a criação de um
Califado do século XXI leva a que se acentue a necessidade de mais uma
coligação internacional para resolver o problema.
À semelhança do que se
passou na fase “iraquiana”, temos de novo os media internacionais a demonizar, neste caso, Putin como se o
período da Guerra Fria do século passado pudesse ser recriado no século XXI. De
novo, as notícias contraditórias sobre quem fez o quê e as dinâmicas no terreno
criaram um estado de tensão latente.
A opção pela via das sanções
à Rússia e a inevitável retaliação associada aumentaram a perceção de
fragilidade da economia europeia por parte dos investidores. O dólar
interrompeu temporariamente a sua trajectória descendente (medida pelo o índice
USD) e o Euro passou a estar fragilizado.
Sabemos
que se trata de uma valorização artificial e que não será duradoura, uma vez
que está em curso um reequilíbrio global das reservas dos bancos centrais fora
do dólar, em particular pela China.
A opção pela via das sanções
pode vir a revelar-se “um tiro no próprio pé”, por estar a induzir/acelerar
realinhamentos e a criação de alternativas que continuamente começam a ser anunciadas
(ao sistema SWIFT, ao Banco Mundial, à aceitação de novas moedas no comércio de
energia, entre outras), o que inevitavelmente irá fragilizar ainda mais o
estatuto de reserva internacional do dólar.
Esperemos que a visão atribuída
a Albert Pike (1809-1891) sobre a
necessidade de três guerras mundiais até serem criadas as condições para a
implementação por parte das elites de uma Nova Ordem Mundial permaneça como
visão que nunca venha a atingir realidade. Marto Gallo - Portugal
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