A empresa chinesa HKND,
responsável pela construção e exploração do canal interoceânico da Nicarágua
anunciou que o início dos trabalhos está marcado para o final de 2014 e custará
50 mil milhões de dólares, um valor superior em 25%, ou seja mais 10 mil
milhões de dólares ao estimado pelo governo nicaraguense.
A obra que inclui a
construção de dois portos, um aeroporto, duas eclusas, um largo artificial,
além de outras estruturas secundárias, como estradas, complexo turístico, zona
de comércio livre, vai criar 50 mil postos de trabalho que poderão chegar aos
200 mil quando todas as obras, principais e adjacentes estiverem em construção.
O canal da Nicarágua é um
projecto que pretende unir o oceano Pacífico com o mar das Caraíbas, é concorrencial
ao canal do Panamá e com uma capacidade três vezes superior a este, competindo
num trajecto cada vez mais importante como o transporte de mercadorias entre a
Ásia e a Europa.
Interessadas neste
empreendimento estão um conjunto de empresas holandesas especializadas em meios
que envolvem a água, como portos, segurança, dragagem, recursos humanos e
equipamentos para a construção. Entre essas empresas estão a APM Terminals,
Boskalis Nederland, Damen Shipyards Gorinchem, Van Oord e Wequips. Recentemente
o governo da Nicarágua anunciou que existe interesse por parte de empresários
alemães em participar também nesta grandiosa obra.
Recorde-se que o canal da
Nicarágua terá 278 km de comprimento, uma largura mínima de 83 metros e uma profundidade de 30 metros,
ligará a localidade de Brito no oceano Pacífico à foz do rio Punta Gorda no
lado do oceano Atlântico, atravessando o lago Cocibolca de água doce numa extensão
de 105 km.
Entretanto o governo do Egipto anunciou a duplicação para breve do canal do Suez, preocupado com a possibilidade de desvio de tráfego através dos canais americanos, embora a falta de segurança marítima no estreito de Malaca, corno de África e mar Vermelho, levem os armadores a procurarem as rotas mais seguras. Baía da Lusofonia
Baía da Lusofonia - Nicarágua
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