Nada
ou quase nada sei de meus antanhos
Portugueses,
os Borges, esta vaga gente
Mantendo
em minha carne, sombriamente,
Seus
hábitos, patranhas e artimanhas.
Ténues
como se não tivessem história
E
alheios a todos os trâmites das artes,
Inextricavelmente
eles fazem parte
Do
tempo, da terra e da memória.
Melhor
assim: cumprida sua faina
São
Portugal e são a ressabida gente
Que
forçou as muralhas do Oriente
E
doou-se ao mar, ao mar que não amaina.
São
o místico deserto aquele que perdeu
O
rei, que juram até hoje não morreu.
Jorge Borges -
Argentina
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