O cadastro realizado pela
empresa chinesa HKND Group na área onde irá construir-se o canal interoceânico
da Nicarágua não vai parar, apesar dos protestos das populações do sul do país,
destacou um membro da Comissão do Grande Canal.
"Continuaremos a trabalhar com cada
comunidade, porque no final todos eles vão acabar apoiando este canal", afirmou
o membro da Comissão do Grande Canal, Telêmaco Talavera aos jornalistas.
Centenas de moradores das
comunidades de Tolesmayda e Potosi, na província de Rivas fizeram marchas
pacíficas em protesto contra o deslocamento das pessoas, que ocasionará o
projeto.
Os manifestantes são pessoas
que foram ou serão recenseadas, porque, aparentemente, estão no caminho da
construção do canal, e não querem deixar as suas casas.
"É normal, os investidores internacionais
consideram normal haver algum protesto", disse Talavera.
O cadastro da HKND é o
primeiro passo para o processo de expropriação das propriedades, confirmou o
membro da comissão estatal.
"O recenseamento está bem avançado, em
seguida, vem a discussão sobre os montantes de indemnização, haverá uma
compensação justa, de modo que todo o mundo ficará melhor depois do que quando
não havia canal", disse Talavera.
Moradores de pelo menos 10
comunidades de Rivas anunciaram a sua recusa em serem expropriados.
O projeto do Canal da Nicarágua
consiste em unir, através de uma via de água, o oceano Pacífico com o mar das
Caraíbas, levando a construir um lago artificial, um aeroporto, dois portos, um
complexo turístico, uma zona livre de comércio, fábricas de cimento e aço e
diversas estradas.
As obras iniciar-se-ão ainda
neste presente ano de 2014 e estarão concluídas em 2019, com um custo de 50 mil
milhões de euros, informou a empresa HKND Group.
In “El Economista” -
Nicarágua
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