Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 27 de setembro de 2014

Nicarágua – Populações continuam com os protestos contra a construção do canal

O cadastro realizado pela empresa chinesa HKND Group na área onde irá construir-se o canal interoceânico da Nicarágua não vai parar, apesar dos protestos das populações do sul do país, destacou um membro da Comissão do Grande Canal.

 "Continuaremos a trabalhar com cada comunidade, porque no final todos eles vão acabar apoiando este canal", afirmou o membro da Comissão do Grande Canal, Telêmaco Talavera aos jornalistas.



Centenas de moradores das comunidades de Tolesmayda e Potosi, na província de Rivas fizeram marchas pacíficas em protesto contra o deslocamento das pessoas, que ocasionará o projeto.

Os manifestantes são pessoas que foram ou serão recenseadas, porque, aparentemente, estão no caminho da construção do canal, e não querem deixar as suas casas.

 "É normal, os investidores internacionais consideram normal haver algum protesto", disse Talavera.

O cadastro da HKND é o primeiro passo para o processo de expropriação das propriedades, confirmou o membro da comissão estatal.

 "O recenseamento está bem avançado, em seguida, vem a discussão sobre os montantes de indemnização, haverá uma compensação justa, de modo que todo o mundo ficará melhor depois do que quando não havia canal", disse Talavera.

Moradores de pelo menos 10 comunidades de Rivas anunciaram a sua recusa em serem expropriados.

O projeto do Canal da Nicarágua consiste em unir, através de uma via de água, o oceano Pacífico com o mar das Caraíbas, levando a construir um lago artificial, um aeroporto, dois portos, um complexo turístico, uma zona livre de comércio, fábricas de cimento e aço e diversas estradas.

As obras iniciar-se-ão ainda neste presente ano de 2014 e estarão concluídas em 2019, com um custo de 50 mil milhões de euros, informou a empresa HKND Group. In “El Economista” - Nicarágua

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