Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Timor-Leste - Jornalistas timorenses completam ateliê de jornalismo de imprensa em língua portuguesa

Díli - Quinze jornalistas timorenses receberam certificados de formação do primeiro ateliê de jornalismo de imprensa, no âmbito de um projeto financiado pela União Europeia e implementado pelo Camões para melhorar o escrutínio das finanças públicas.

Na cerimónia de encerramento do ateliê, o secretário de Estado da Comunicação Social timorense, Merício dos Reis Akara, destacou a importância dos 'media' para a "consolidação de uma democracia sólida".

"Este é um caminho que os nossos jornalistas timorenses e outros profissionais da área da comunicação social têm de trilhar para contribuir para a promoção do pluralismo de opiniões de forma consistente e objetiva", afirmou Akara.

"Esta formação, em especial, contribuiu para a capacitação dos jornalistas em matéria de jornalismo de imprensa no âmbito das finanças públicas, cuja formação é fundamental para o crescimento profissional dos nossos jornalistas", disse ainda na cerimónia que decorreu no Centro Cultural da Embaixada de Portugal em Dílí.

O primeiro ateliê de jornalismo de imprensa insere-se nas ações promovidas pela "Parceria para a melhoria da prestação de serviços através do reforço da Gestão e Supervisão das Finanças Públicas em Timor-Leste" (PFMO), projeto cofinanciado pela União Europeia e pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (a agência de implementação).

O embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, sublinhou que a formação quer ajudar "a desenvolver a capacidade técnica e operacional dos jornalistas timorenses, especialmente em termos de finanças públicas" e fortalecer a capacidade de cobertura de temas económicos e financeiros.

"Portugal continua empenhado em contribuir para a formação de jornalistas timorenses. Profissionais da comunicação social mais capacitados estarão mais preparados para aceder a fontes de informação, para informar o público sobre os assuntos económicos e financeiros, aumentando o escrutínio do uso dos fundos públicos", disse.

Machado Vieira recordou que a política de cooperação de Portugal com Timor-Leste na área de Comunicação Social tem já mais de 15 anos, com "complementaridade e sinergias" entre as ações bilaterais e as multilaterais, especialmente no caso da União Europeia.

O responsável da cooperação da União Europeia, Simon Le Grand, disse que estas ações de formação são "muito importantes porque o país precisa de jornalistas que saibam escrever e fazer reportagem com boa qualidade".

O presidente do Conselho de Imprensa, Virgílio Guterres, também destacou a importância da capacitação técnica, profissional e intelectual dos jornalistas timorenses, pedindo aos formandos mais empenho.

"É preciso o compromisso pessoal, a vontade pessoal, a vocação pessoal. A excelência da obra depende de uma composição de trabalho excelente, mas também do engajamento dos jornalistas e profissionais, que devem ter uma sensibilidade maior", considerou.

As 60 horas ministradas em língua portuguesa dividiram-se em cinco módulos que incluíram a formação do código deontológico, passando pela escrita, formatos e técnicas da notícia, culminando na criação de uma reportagem jornalística.

A formação foi dada pela jornalista portuguesa Isabel Nery, formadora do Cenjor, e insere-se nas parcerias entre este centro e o PFMO para o fortalecimento dos profissionais de comunicação social em Timor-Leste.

O PFMO é um projeto cofinanciado pela União Europeia, no valor de 12 milhões de euros e pelo Camões IP -- Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, no valor de 600 mil euros, com o objetivo reforçar o planeamento, a gestão, a auditoria, a monitorização, a responsabilização e a supervisão do uso das finanças públicas em Timor Leste, para uma melhor prestação de serviços públicos.

O PFMO inclui duas componentes, sendo a Componente 2 dirigida ao apoio e reforço ao sistema de pesos e contrapesos dos atores estatais e não-estatais, para o fortalecimento da participação das entidades nacionais no processo de tomada de decisão e supervisão das finanças públicas. In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”

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