O Instituto Português do Oriente (IPOR) lançou o concurso para concessão da Livraria Portuguesa. O actual contrato, celebrado em Abril de 2011 com a Praia Grande Edições, termina a 31 de Março de 2024, depois de em 2021 ter sido prolongado por dois anos, devido à pandemia. As propostas devem ser entregues até 30 de Novembro.
Desejando
manter a Livraria num regime semelhante, o IPOR pretende “encontrar um parceiro
que, compreendendo os objectivos da Livraria Portuguesa, não só os cumpra
plenamente, como desenvolva estratégias de projecção da língua e da leitura na
Região”, indicou a instituição em comunicado.
A
Praia Grande Edições – que publica o jornal Ponto Final e a revista Macau
Closer – vai concorrer, adiantou o director, Ricardo Pinto, ao Jornal Tribuna
de Macau.
Com
a missão nuclear de promover, divulgar e comercializar as iniciativas
editoriais redigidas em língua portuguesa, mas também noutras línguas,
nomeadamente, a chinesa e a inglesa, a Livraria está desde 2003 concessionada a
privados. Segundo o caderno de encargos, a cedência de exploração terá a
duração de cinco anos, renovável por períodos iguais e sucessivos, se nenhuma
das partes o denunciar com um prévio aviso de 180 dias.
O
futuro concessionário terá de, entre outros aspectos, desenvolver anualmente “um
conjunto de actividades dinamizadoras do espaço da Livraria Portuguesa que
promovam o livro, a leitura, escritores e outras áreas artísticas e culturais
dos países de língua portuguesa” e assegurar, de forma atempada, os livros
escolares adoptados pela Escola Portuguesa ou para ensino do Português, assim
como outro material didático usado na RAEM.
Além
disso, deverá doar, por cada ano de vigência do contrato de cessão, três
títulos actuais de autores dos países de língua portuguesa à Biblioteca Camilo Pessanha
do IPOR, bem como pagar 100 mil patacas, por cada ano de vigência do contrato
de cessão, a título de doação para o Fundo para a Promoção da Língua e Cultura
do IPOR. Por outro lado, terá de apresentar ao IPOR, no final de cada ano
económico, um relatório das acções desenvolvidas, bem como das contas do
exercício.
As
propostas deverão ser entregues até às 18h00 de 30 de Novembro. O projecto do
plano de actividades vale 50%, à semelhança do currículo da empresa ou
associação; seguindo-se 30% para a experiência na comercialização de livros. A
experiência em actividades de dinamização cultural e na área editorial e
publicação valem 10% cada, bem como a criatividade. Os restantes 7% e 5%
distribuem-se, respectivamente, pelos objectivos referidos pelo IPOR no caderno
de encargos e pelos que não estão elencados, mas que possam ser relevantes para
a actuação da Livraria enquanto agente de dinamização cultural.
As
propostas serão avaliadas por um júri composto pela directora do IPOR, Patrícia
Ribeiro, pelo Cônsul-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão,
e pela delegada da Fundação Oriente, Catarina Cottinelli.
O
associado maioritário do IPOR é o Estado Português, representado pelo Instituto
Camões, com 51%, seguido da Fundação Oriente com 44%, estando os restantes 5%
entregues a empresas da sociedade civil. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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