Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Angola - Programa da UE de apoio à agricultura vai ser gerido por Portugal

Portugal vai gerir um programa da União Europeia (UE) dirigido à agricultura em Angola no valor de 48 milhões de euros a investir na Huíla, no Namibe e no Cunene



A informação foi avançada pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural português, Luís Capoulas Santos, que ficou na capital angolana um dia além da visita oficial efectuada pelo primeiro-ministro luso, António Costa.

"Trata-se de um programa que terá um apoio da UE de 60 milhões de euros, em que 48 milhões são destinados à agricultura e que serão centrados em três províncias do sul, Huíla, Namibe e Cunene. Visa apoiar a agricultura familiar, criar condições de vida e sustentabilidade agrícola e, ao mesmo tempo, concorrer para o combate às alterações climáticas, porque, no território angolano, são as zonas mais expostas", disse Capoulas Santos à Lusa.

O programa visa, "por um lado, criar condições de vida aos seus agricultores e à pequena agricultura, em particular, e, por outro lado, aumentar a produção nacional por forma a reduzir as importações e até a gerar excedentes para exportação de alguns produtos para os quais tem capacidades mais do que suficientes", esclareceu, acrescentando que entre os dias 30 de Setembro e 12 de Outubro, estará em Angola uma missão técnica para avaliar, nas três províncias, bem como em Luanda, as prioridades a constar no âmbito do programa e de acordo com a vontade do Governo Angolano.

Segundo o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural português, que deixa Luanda esta noite, Portugal tem sido, até agora, um "grande exportador" para Angola na área da agricultura, destacando o facto de, recentemente, Angola ter começado a exportar produtos agrícolas para Portugal.

"Angola começou há muito pouco tempo a exportar para Portugal. Ao fim de 40 anos, Angola exportou as primeiras bananas para Portugal. A agricultura portuguesa e angolana não são concorrentes, são complementares. Não tencionamos produzir em Portugal café, amendoim ou frutos tropicais, assim como não estou a ver Angola com vocação para plantar oliveiras ou a dedicar-se à produção de vinho", exemplificou.

"A cooperação é boa quando funciona nas duas direcções, quer no investimento quer nas trocas comerciais, e Angola tem um enorme potencial agrícola e Portugal está disposto a receber produtos de Angola que, neste momento, importamos de outras partes do mundo, com quem temos afinidades muito menores", sublinhou. In “Novo Jornal” - Angola

Sem comentários:

Enviar um comentário