A
utilização dos Caminhos de Ferro de Benguela (CFB) para escoar minérios
oriundos da República Democrática do Congo (RDCongo) foi retomada pela segunda
vez em seis meses, com a chegada de novo carregamento no sábado ao porto do
Lobito
Segundo notícia da imprensa
local, um comboio dos CFB chegou àquele porto da província angolana de Benguela
com 28 vagões, que transportaram 1200 toneladas de minério de cobre
provenientes da região mineira de Kisenge, província de Katanga (RDCongo), e
tem como destino a Bélgica.
O minério pertence à empresa
Access World e está armazenado no Porto Comercial do Lobito a aguardar pela
chegada, nos próximos dias, de um navio para que possa ser embarcado.
A mercadoria foi embarcada no
Luau (no leste da província do Moxico e cidade junto à fronteira com a
província congolesa democrática do Katanga), no âmbito do projecto de
revitalização do Corredor de Desenvolvimento do Lobito.
Trata-se do segundo
carregamento de minério oriundo da RDCongo transportado pelos CFB este ano,
depois de, a 05 de março deste ano, a companhia ferroviária ter trazido para o
Lobito 1000 toneladas de manganês, instaladas em 25 carruagens com 50
contentores, com destino à Índia.
Na ocasião, o ato foi marcado
por forte emoção para destacar a concretização do reinício das operações
internacionais do CFB, mais de 30 anos depois, tendo em vista os países
encravados como a Zâmbia e a República Democrática do Congo, visando dar um
novo impulso à economia angolana.
No sábado, ao intervir na
cerimónia simbólica de recepção do minério na "estação zero" dos CFB,
o presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Agostinho Estêvão
Felizardo, não adiantou o valor que a empresa poderá embolsar com a operação,
salientando que a unidade portuária tem condições para operações desta
envergadura.
"O Porto do Lobito está
mais preocupado em mostrar à comunidade internacional que estas operações de
embarque de minério já são possíveis", disse o gestor, salientando que a
chegada de mais uma carga está em linha com o compromisso do Executivo de
redinamizar o Corredor de Desenvolvimento Económico do Lobito, através do CFB e
do Porto.
Por sua vez, Luís Lopes
Teixeira, presidente do Conselho de Administração dos CFB, também se escusou a
falar sobre os custos operacionais, mas adiantou que a viagem de comboio durou
36 horas, partindo do Luau, província do Moxico, ponto de ligação com os
comboios da RDCongo.
Nem Agostinho Estêvão
Felizardo nem Luís Lopes Teixeira indicaram se as operações de transporte são
para continuar ou se há mais contratos para escoar quaisquer outros minérios
oriundos da RDCongo ou da Zâmbia. In “Novo Jornal” – Angola com “Lusa”
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